MP-RS acusa mulher do vereador Zézo por crime de peculato na Assembleia

Janaína Ribeiro Silveira atuava como funcionária fantasma na Assembleia Legislativa | Foto: Reprodução / RBS TV / OA
Janaína Ribeiro Silveira atuava como funcionária fantasma na Assembleia Legislativa | Foto: Reprodução / RBS TV / OA

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), através do Procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, denunciou o deputado estadual Diógenes Basegio (PDT) por organização criminosa, peculato, concussão e lavagem de dinheiro.

A acusação se refere à exigência de parte de salários de servidores nomeados pelo parlamentar, desvio de verbas públicas relativas a diárias fictícias e, em alguns casos, da quase totalidade de vencimentos de “funcionários-fantasmas”, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Além de Basegiou, outros cinco funcionários também responderão na Justiça. Entre eles está Janaína Ribeiro Silveira, mulher do vereador Zézo (PDT) e flagrada em um vídeo admitindo atuar como funcionária fantasma da Assembleia Legislativa (ALRS). Ela, que responderá pelo crime de peculato, recebia R$ 5 mil por mês mesmo não comparecendo no local de trabalho.

No vídeo divulgado em junho, Janaína afirmou que foi Zézo quem solicitou que ela atuasse como funcionária fantasma: “Minha situação é só por causa do ‘bobalhão’ do Zézo, por que, por mim, eu ia tranquilamente trabalhar, cumprir horário normal… que incomodação a toa.”

Em entrevista ao jornal O Alvoradense logo após a divulgação do vídeo, Zézo negou conhecimento sobre o caso. Segundo o vereador, Janaína saia “umas três ou quatro vezes na semana” para trabalhar no Legislativo. “Para mim ela sempre disse que ia para a Assembleia”, assegurou.

Na denúncia, o Procurador-Geral de Justiça destacou que “a atuação de cada um dos integrantes da organização criminosa, no todo, permitiu, ao longo do período de prática delituosa, a arrecadação de um valor total estimado em cerca de R$ 1,4 milhão a R$ 2,4 milhões”.

O valor leva em conta arrecadação mensal, durante 48 meses, entre todos os funcionários do deputado em montantes que variaram entre R$ 30 mil e R$ 50 mil.

A Assembleia deve votar o pedido de cassação do parlamentar no dia 31 de agosto.

Fonte: O Alvoradense