Jandira Afonso, moradora do bairro Americana foi uma das primeiras pacientes a ser atendidas na manhã da terça-feira (31) na Farmácia Municipal de Alvorada. Às 8h15min estava indo embora. Ela retira remédios há mais de 20 anos no local. Para garantir agilidade no atendimento, Jandira chegou às 5h na porta do prédio localizado em frente à praça João Goulart, a 48.

Próximo ao portão de entrada estava João Nascimento, também morador do bairro Americana. Ele calculou que sairia dali antes das 9h30min. Se a previsão confirmasse, seriam duas horas de espera desde que chegou no prédio.

O Alvoradense acompanhou uma manhã de movimentação na Farmácia. O local recebeu nova organização desde o início de janeiro com o objetivo de dar fim às gigantescas filas que se formavam no local.

Apesar da fila no início da manhã, por volta das 10h a aglomeração já era bem menor e haviam algumas pessoas no pátio da farmácia. A garantia de que seriam atendidas parecia animar aos que esperavam. No final da manhã e a tarde é possível atendimento imediato, devido à ausência de filas, garante Carla Ferraz, diretora da Farmácia Municipal.

“Antes a gente vinha cedo e corria o risco de ter que voltar sem os remédios. Mas parece que isso não acontece mais”, comemorou José Silva, morador do Sumaré, que afirmou que no próximo mês vai chegar bem mais tarde. “Quem sabe até eu venho de tarde”, brincou o senhor de riso largo.

Hoje a farmácia atende com oito guichês: três para medicamentos de atenção básica, dois preferenciais, um para medicamentos do Estado, um para cadastramento no Sistema de Saúde e um caixa rápido, para uma receita por pessoa.

O horário de funcionamento segue das 8h às 17h, sem fechar ao meio dia. Os atendimentos levam até quinze minutos, dependendo do número de receitas e ações a serem realizadas. São 15 funcionários, divididos entre atendimento e seleção dos medicamentos, que ficam em uma sala que deveria ser refrigerada, mas está com o ar estragado. “Já estamos providenciando o reparo para não correr o risco de perder material”, afirma Carla.

E é a diretora quem salienta que os remédios fornecidos pelo Estado nem sempre são encontrados. “A orientação é que os pacientes procurem a Defensoria Pública, para garantir o recebimento dos medicamentos necessários”, diz.

Já os de responsabilidade do município atendem a 85% da lista do SUS. “Mas nem todo o remédio prescrito pelos médicos pertencem a esta lista e é importante as pessoas estarem cientes disso”, esclarece.

Conforme a diretora, na segunda-feira (30) aconteceram 448 atendimentos, mas o máximo foram 508 em um só dia.

UBS Cedro

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Cedro, que atende os bairros Nova Americana, Salomé, Umbu, Maria Regina e Formosa teve sua farmácia reativada. Lá são distribuídos remédios de atenção básica, controlados, antibióticos e insulina.

A intenção da Prefeitura é reabrir a unidade do bairro Piratini até março, a fim de descentralizar e qualificar o atendimento.

Fonte: O Alvoradense