Mais um 8 de março. Ao menos um dia no ano, as mulheres ficam em evidência e recebem o reconhecimento, o que devia ser diário. As mulheres que bravamente, combativamente estão procurando ainda ocupar seus espaços.

A mulher guerreira, a mulher boleira, a mulher de diferentes perfis. Além de zelarem pela família, de enfrentarem duras batalhas no dia a dia e ainda encontrarem tempo para cuidar do visual, as mulheres também contradizem o pensamento popular e ousam ao praticar modalidades esportivas até então predominantemente masculinas.

Há, as mulheres! Quanta sabedoria. Quanta beleza e simbolismo. Eu sou um homem de sorte, rodeado por mulheres que de sua vida fizeram momentos de lutas e reivindicações de seus direitos.

Mulheres que me deram outras mulheres, como minha filha. Eu as amo mais que tudo.

Ah, as mulheres! Se existe algo mais lindo eu desconheço.

E alguém aqui disse que as mulheres não podem dar uns tapas?

Elas se embelezam sim. Elas se maquiam sim. Elas hidratam os seus cabelos sim. Mas elas também dão porrada!

Que não viu a inspiradora Rafaela Silva ser campeã olímpica?

Um exemplo de mulher que veio da periferia, viveu em sua vida a opressão, o racismo e a homofobia. Que Mulher!

As mulheres podem mais… Mas, principalmente, merecem mais!

A beleza da mulher está principalmente em sua liberdade conquistada, que por vezes ainda vive em mundo opressor e machista. Eu quero mais mulheres, e quero mais desportistas do sexo feminino.

Em 2012, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) publicou o livro “Mulheres no Pódio”, onde conta a história do esporte feminino no País e das suas principais expoentes.

São tantas mulheres que através do esporte sobressaem e, merecidamente, recebem o respeito e igualdade que sempre se buscou na igualdade de gêneros.

Maria Lenk na natação, Paula e Hortênsia no basquete e Marta no futebol são quatro apenas, que representam as milhares de mulheres que, a cada dia, brigam e reivindicam seu espaço.

Que todas as mulheres atletas brasileiras sejam lembradas e celebradas em mais um 8 de março como mulheres que enfrentam não suas adversárias, marcas e tempos, mas principalmente o preconceito e a discriminação que ainda persiste não apenas no esporte, mas na sociedade como um todo.