por Everton Braz, presidente do Podemos no Rio Grande do Sul
Não tenho dúvidas de que 2024 representa o ano eleitoral mais importante da história do Rio Grande do Sul. A catástrofe climática que assolou o nosso estado deixou uma missão importante para os 8,6 milhões de gaúchos aptos a votar no dia 6 de outubro: eleger os 497 prefeitos e os mais de 4 mil vereadores que estarão à frente da continuidade da reconstrução na esfera municipal – a mais impactada pelas enchentes.
Em meio ao rescaldo da tragédia, o Centro surge como a parte do espectro capaz de lidar com os problemas que surgem em decorrência da polarização política na qual estamos inseridos. Oportunismos baratos, como apontar culpados durante cenários de guerras, e espalhar desinformação a fim de inflar a raiva da população foram alguns dos exemplos constatados durante o mês de maio, quando as cheias atingiram o momento mais crítico, mas que seguirão a todo vapor até o pleito municipal.
Diante de tanta demagogia e inverdade, as pautas de costumes vão ter que dar licença para a vida real. Dialogar com quem pensa diferente, buscar soluções práticas para o dia a dia e entender as dores e principais necessidades da população são vertentes que movem o Centro, o âmago da política em momentos de reconstrução e união.
Basta olhar o atual momento da França. Em um momento ímpar de sua história, o governo precisará compor e juntar vertentes ideológicas distintas entre si a fim de obter maioria no parlamento. Até então, a nação europeia nunca havia visto a formação desse cenário, onde ouvir o divergente é imprescindível na formação de uma coalizão consistente.
O Centro é o algodão entre cristais, capaz de juntar extremos e estancar crises. Neste ano, mais de 2 bilhões de pessoas vão às urnas no mundo inteiro em quase 80 países, o que torna 2024 o maior ano eleitoral de todos os tempos. Portanto, gaúchos e gaúchas, temos a eleição mais importante e o maior ano eleitoral da história à nossa frente!