O Dia Mundial da Poupança e as novas formas de ter reservas

Economizar vai muito além de guardar dinheiro, é uma forma de investir em sonhos e garantir segurança para o futuro

Foto: Pixlr / OA

Criado em 31 de outubro de 1924, durante o 1º Congresso Internacional de Bancos de Poupança em Milão, na Itália, o Dia Mundial da Poupança foi criado com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a ideia de economizar seu dinheiro em um banco em vez de mantê-lo sob o colchão, até então o hábito comum da maioria. No Brasil, a data passou a ser lembrada em 1933.

Hoje vai muito além disso, com as instituições financeiras aproveitando a data para ressaltar a importância de uma reserva e planejamento para médio e longo prazo, indicando opções de reserva de dinheiro que vão muito além da caderneta de poupança.

“Ainda que não seja a mais rentável, a poupança ainda é a aplicação mais utilizada pela população”, observa Jonas Souza, líder da região de Alvorada do Sicredi.

Ele atribui a prática à tradição, segurança, liquidez e isenção de impostos que este tipo de aplicação oferece, mas ressalta o baixo rendimento, lembrando que há alternativas igualmente seguras e que oferecem um maior retorno financeiro, seja ao pequeno ou grande investidor. “Se engana quem pensa que apenas grandes quantias podem ser usadas em aplicações financeiras”, ressalta.

Contudo Jonas lembra que no caso do Sicredi, por se tratar de um Sistema de Crédito Cooperativo, os ganhos na poupança apresentam uma maior rentabilidade. “Aqui não temos clientes e sim associados que participam das “sobras” da cooperativa no final de cada período”, explica.

Para conhecer alternativas para as suas reservas financeiras, o Sicredi fica na avenida Presidente Getúlio Vargas, 795, parada 43, com atendimento das 10 às 16 horas, de segunda a sexta-feira.

Curiosidades

Antes de existir dinheiro como o conhecemos, as pessoas trocavam bens como forma de comércio. Sementes poderiam ser trocadas por frutas, um porco por uma ovelha… Para “poupar”, era necessário guardar grandes quantias de sementes ou criar animais por um longo tempo.

E uma das formas mais seguras e rápidas de multiplicar os “rendimentos” era com a criação de porcos. Alimentados com restos de comida, se reproduziam rapidamente e tinham vida mais longa que a maioria dos animais de criação.

Assim, em momentos de maior dificuldade, esses animais funcionavam como uma reserva de emergência, uma moeda de troca e havia a opção de alimentarem toda a família.

Desta forma, criar porcos ficou tão vinculado à poupança que, ainda hoje, a figura do “porquinho” está associada a guardar dinheiro.

Mas, mesmo após o surgimento das cédulas e moedas, havia outras formas estranhas de poupar. Era comum guardar quantias embaixo do colchão, ou ainda, enterrar grandes quantias nos jardins.

Ao longo dos anos surgiram os bancos e, com eles, o sistema financeiro. Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, nasceu o Banco do Brasil, fundado por D. João VI.

Décadas depois, em 1861, seu neto D. Pedro II criou a Caixa Econômica Federal e, com ela, a caderneta de poupança.

Portanto, pode-se afirmar que a caderneta de poupança foi criada por um imperador, quando éramos governados por uma monarquia! Naquele ano, 1861, a luz elétrica não havia sido inventada, a população brasileira era, em sua maioria, analfabeta e havia escravidão no Brasil.

No decreto n.º 2.723, de 12 de janeiro de 1861, que criou a poupança, fixou-se um rendimento para ela: 6% de juros ao ano, garantidos pelo Tesouro Imperial. Isto quer dizer hoje o dinheiro na poupança rende menos do que no século XIX.