Escuta aqui, meu amigo, faz tempo que uma história se escondia do olhar atento dos gaúchos. Há exatos 178 anos, no dia 14 de novembro de 1844, a noite se tornava palco de um dos episódios mais sombrios da nossa terra: o Massacre de Porongos.
Naquele tempo, o bicho pegava entre os estancieiros do Rio Grande do Sul e o governo imperial brasileiro. Era a Guerra dos Farrapos, e a poeira levantada pelos freios de nossos cavalos misturava-se aos gritos de liberdade que ecoavam pelas coxilhas. Mas, entre os valentes que lutavam pela nossa terra, havia um grupo que, por muito tempo, foi esquecido: os lanceiros negros. Esses bravos guerreiros se alistaram para defender a liberdade, mas o que encontraram foi uma traição danada.
A batalha em Porongos se transformou em um verdadeiro pandemônio. Em vez de serem reconhecidos como aliados, os lanceiros negros foram alvo de uma emboscada traiçoeira. A mágoa ficou no ar, e o massacre foi apagado das folhas da história como se nada tivesse acontecido. O galpão da história oficial não queria saber das injustiças que esses valentes enfrentaram.
Por muitos anos, essa ferida ficou aberta e esquecida, mas a roda da história não para de girar. Hoje em dia, essa questão vem ganhando luz, e as vozes da comunidade gaúcha começam a se erguer, clamando por justiça e reconhecimento. O destino dos lanceiros negros, que foram traídos e deixados à própria sorte, está emergindo das sombras, e a sociedade começa a refletir sobre a trajetória da população preta no nosso amado Rio Grande.
É tempo de relembrar o que aconteceu em Porongos. É tempo de acolher todos os que lutaram ao nosso lado. A briga por liberdade não pode ser seletiva, e a voz da história precisa ser ouvida por todos. É assim que a gente vai curar as feridas do passado e pavimentar um caminho de respeito e igualdade para todos os gaúchos.
Portanto, cacho muito bem, vamos erguer a bandeira da memória e da justiça! Não podemos deixar que as histórias de bravura e sacrifício dos lanceiros negros sejam esquecidas. Que o Massacre de Porongos nos ensine a valorizar cada um que lutou pela nossa terra, pra que, juntos, possamos dançar a grande roda da vida gaúcha, sempre respeitando e honrando todos os que, com coragem, escreveram seu nome nas coxilhas desta terra de lutas e conquistas.
Algumas partes deste texto foram criadas com a ajuda da IA (Inteligência Artificial)
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Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.