A repercussão da Operação Alderman, com o pedido de prisão de Vanio Presa e a informação, por parte do Ministério Público do RS, de que haveria “fortes indícios” de dinheiro oriundo de esquemas de lavagem na campanha de Appolo, movimenta os bastidores do cenário político de Alvorada desde a noite de ontem.
Logo que souberam da operação, ainda nos corredores da Câmara de Vereadores, membros do PTB sinalizaram que iriam buscar mais informações mas tinham, já naquele momento, a certeza de recorrer à Justiça para pedir a anulação do pleito de outubro.
Mais cautelosos, PT e DEM sinalizaram nesta quarta-feira ao jornal O Alvoradense que devem seguir acompanhando os próximos passos da operação.
A presidente do Partido dos Trabalhadores de Alvorada e 2ª colocada como candidata à Prefeitura, Giovana Thiago afirmou que as informações divulgadas lhe causaram surpresa. “Vamos reunir a bancada e a executiva para avaliar as repercussões políticas desses fatos. E também acompanharemos desdobramentos do Ministério Público e Judiciário”, afirmou Giovana.
Sobre a possibilidade de cancelamento da eleição, Giovana Thiago diz que o PT vai aguardar os desdobramentos da investigação e decisões judiciais. “E qualquer posicionamento a ser tomado pelo partido será discutido com a direção, bancada e lideranças”, ressaltou.
Douglas Martello, presidente municipal do Democratas e também ex-candidato à Prefeitura de Alvorada disse que lamenta o fato da cidade estar novamente nas páginas policiais. “A posição do partido é de vigilância, acompanhando as investigações e aguardando os desdobramento”, disse o presidente. Ele complementou que, caso alguém seja condenado, espera que sejam punido. ”Não há mais espaço para corruptos na política e esperamos que isso tenha um efeito moralizador.”
Ele não acredita, pelo menos por hora, na possibilidade do pleito ser cancelado. “Temos que aguardar os desdobramentos da investigação. Mas caso aconteça, vamos nos reagrupar para uma nova disputa. Agora é um momento de muita cautela e de observação”, reiterou.
Em entrevista ontem, os promotores e o subprocurador responsáveis pela investigação sinalizaram que a operação ainda não acabou. As provas colhidas devem subsidiar novas fases da investigação, o que coloca em alerta o cenário político da cidade.
Em nota, o partido negou qualquer tipo de ilegalidade. “Nossa campanha na cidade foi pautada de pela ética, seriedade e principalmente honestidade”, afirma o texto.
Fonte: O Alvoradense