PM é condenado a 10 anos de prisão por homicídio de Alceu Barra

Vítima, de 69 anos, foi agredida e morta no pátio de casa em abril de 2018

Foto: Reprodução / OA

O Policial Militar Rafael Sasso Lopes foi condenado a 10 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela morte de Alceu Pieretti Barra, 69 anos, ocorrido em 05 de abril de 2018 na rua Felipe Camarão, bairro Formoza.

A decisão foi do Tribunal do Júri da Comarca de Alvorada condenou o PM por homicídio duplamente qualificado e decretou a perda do cargo público. Quando ao outro PM acusado, Lindomar Paulus, foi absolvido por negativa de autoria, sendo revogado o decreto de prisão preventiva.

Júri

Quatro anos após o crime, o júri iniciou na manhã de quinta-feira (7) e durou cerca de 18 horas, sendo encerrado na madrugada de sexta (8), em sessão presidida pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal do Foro de Alvorada, Marcos Henrique Reichelt.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, na época, Alceu Pieretti Barra foi agredido e morto com um tiro na cabeça após uma discussão com os PMs em uma quadra de esportes, na frente da casa dele. A vítima era frequentadora do local e no dia do crime acontecia uma confraternização entre PMs. O crime, segundo depoimentos, foi motivado por uma discussão. O condenado, que já se encontrava preso preventivamente, confessou a autoria do disparo de arma de fogo que atingiu a vítima na cabeça. Ele não poderá apelar da sentença em liberdade.

Justiça

“A justiça não foi feita, pois tínhamos três acusados e presos e acabou só um sendo condenado e ainda com pena muito branda”. Esta é a avaliação de Alceu Junior de Farias Barra, o Junior Caminhoneiro, filho da vítima.

Ainda assim, ele acredita que a condenação não deixa de ser uma vitória da luta travada desde o assassinato de seu pai, “pois é raro conseguir condenar um delinquente de farda”, afirma. E segue dizendo que as testemunhas se mostraram amedrontadas, a imprensa cautelosa e “até a investigação foi feita com cautela devido à periculosidade dos envolvidos”. Por fim ele completa “ainda assim conseguimos que a impunidade não fosse plena e total”.