A ameaça de paralisação geral dos coletivos da Capital foi cumprida, pela categoria, nesta quarta-feira (29): nenhum ônibus circula pelas ruas de Porto Alegre desde o começo da manhã.
Em greve desde segunda (27), os 30% que estavam rodando até ontem (28) foram retirados de circulação. Piquetes em frente às garagens impediram a circulação dos coletivos.
A decisão foi tomada ontem depois de reunião com empresários, Ministério Público, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e Justiça no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a categoria chegou a aceitar cumprir a determinação da Justiça de colocar 70% da frota nas ruas durante o horário de pico. Porém, após receber pressão do sindicato patronal, os grevistas voltaram atrás e decretaram a paralisação.
A paralisação generalizada aconteceu depois de o prefeito Jose Fortunati afirmar que estava “estranhando” uma greve sem piquetes em frente às garagens.
Desde o começo da manhã, os trabalhadores se concentram, em grande número, em frente às garagens da Carris, Sudeste e Conorte. No entanto, não há registro de confusões nem de gritos e palavras de ordem. Na sede da Carris, os rodoviários têm apoio de cerca de 50 integrantes do Bloco de Lutas que defendem a situação de greve.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Julio Gamaliel, vereador Julio Bala, quando perguntado em relação à multa que deverá ser paga pelo sindicato em descumprimento da determinação de manter 30% da frota em funcionamento afirmou que com a multa o sindicato não se preocupa.
“A multa nós vamos pagar, vamos recorrer”, afirmou Julio Bala.
Ônibus metropolitanos seguem trabalhando normalmente
As linhas de ônibus que atendem as cidades da Região Metropolitana, como a Soul em Alvorada, seguem cumprindo suas tabelas normalmente. De acordo com a empresa, não há nenhuma intenção dos rodoviários de Alvorada em aderirem ao movimento em apoio aos colegas da Capital.
Os horários, e número de veículos circulando nas ruas, nas cidades da Região Metropolitana segue sem nenhum tipo de alteração.
Fonte: O Alvoradense / Com informações Correio do Povo