Polícia Civil realizou a Operação Égide na manhã desta terça-feira (04) no município, cumprindo ordens de prisão preventiva e busca e apreensão. O trabalho de investigação da 1ª Delegacia de Polícia (DP), 1ª Delegacia de Polícia da Região Metropolitana (DPRM) e Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) foi realizado a partir de denúncias de desvio de doações destinadas à população atingida pelas cheias de maio.
Policiais, acompanhados de efetivo de Minas Gerais, estiveram no Ginásio Municipal Tancredo Neves para cumprir busca e apreensão por desvio de produtos e cestos básicos. Seriam seis os servidores da Prefeitura envolvidos.
Atualização (Fonte: Polícia Civil)
Nesta terça-feira (04) a Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Polícia de Alvorada, sob coordenação do delegado Diego Traesel, deflagrou a Operação Égide, com objetivo de coibir irregularidades referentes a doações recebidas pelo município em auxílio às vítimas das enchentes na região.
As investigações tiveram início a partir de informações de que donativos estavam sendo desviados dos pontos oficiais de coleta e distribuição em Alvorada. A partir de então, passou-se a diligenciar e acompanhar os caminhões que estavam realizando o transporte dos alimentos não perecíveis, estes descarregados nos centros de distribuição Ginásio Municipal Tancredo Neves e Ginásio Djalma Neves.
No decorrer das diligências foram flagrados carros particulares sendo carregados e depois descarregados em endereços não atingidos pelo extravasamento do arroio Feijó.
Surgiram, também, diversos relatos de pessoas que procuravam os pontos oficiais em busca de donativos e saíam dos locais frustradas pela informação de que não haveria mantimentos para entrega. Em uma das oportunidades, a equipe flagrou, no mesmo dia, a chegada de uma carreta com doações e, na parte da noite, foi informada a necessidade de recebimento de mantimentos para entrega às vítimas das enchentes.
Apesar da informação quanto aos pontos oficiais de coleta e distribuição, foram flagrados carregamentos e descarga de donativos em outro prédios públicos, o que dificultaria o controle e pulverizaria os donativos recebidos, sem qualquer justificativa, contrariando, inclusive, as informações oficiais.
Assim, a fim de reunir mais informações quanto à extensão das participações dos indivíduos identificados durante as investigações, e também para evitar o esvaziamento dos locais que receberam os donativos, houve a representação pela expedição de Mandados de Busca e Apreensão para os endereços flagrados e de pessoas relacionadas à investigação, sendo deferido o pedido, além do pedido de Medidas Cautelares Diversas da Prisão – Proibição de Acesso aos locais de recebimento e distribuição de donativos.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e foram deferidos 11 pedidos de Proibição de Acesso, com a participação de 105 policiais civis e apoio de agentes da PC de Minas Gerais. Foram apreendidos celulares e dispositivos eletrônicos.