Polícia Civil no combate ao comércio irregular de armas de fogo

Operação Lego foi deflagrada nesta quarta-feira também em Alvorada

Foto: Polícia Civil / Divulgação / OA

Com o objetivo de reprimir o comércio irregular de armas de fogo, praticado por associação criminosa no Estado, a Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (04), a Operação Lego.

Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 10 de busca e apreensão nos municípios de Alvorada, Gravataí e Porto Alegre, além de Itapema e Florianópolis, em Santa Catarina.

Foram realizadas prisões de três pessoas: uma prisão por medida preventiva (alvo já se encontrava recolhido na Penitenciária Estadual de Charqueadas), uma temporária de um homem na Capital, além da prisão temporária de outro homem em Alvorada, sendo que ele também será autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso permitido, uma pistola calibre 9mm com munições, além do crime de tráfico ilícito de drogas.

Também foram apreendidos entorpecentes (maconha, crack e insumos para produção de drogas), balanças de precisão, rádios comunicadores, três veículos (um em Itapema/SC, um em Porto Alegre e outro em Alvorada), além de documentos diversos, equipamentos ópticos de pontaria (lunetas), notebooks, relógios, uma arma de pressão, coldres, uma pistola calibre 9.mm, munições e carregadores.

Passo a passo

Em 16 de julho deste ano a Polícia Civil executou ações operacionais para repressão de crimes do Estatuto do Desarmamento, resultado do tráfico de armas. Foi possível aos agentes interceptar a entrega de um fuzil de calibre 556, que seria comercializado em um posto de gasolina em Gravataí. Através de vigilância, um homem de 26 anos foi abordado em um automóvel com este armamento.

No mesmo dia, os policiais civis que atuaram nesta ocorrência foram ameaçados de morte, incluindo seus familiares, por aplicativo de mensagens. Descobriram que um detento recolhido na Penitenciária de Agudo, que era o responsável por intermediar a venda do armamento, soube da apreensão e enviou as ameaças.

A partir daí as investigações foram intensificadas, sendo possível reunir informações sobre quem efetivamente eram os proprietários do armamento apreendido, quais os responsáveis pela intermediação e quem coletava no local em que estava depositado, transporte e entrega, no momento da venda.

Ainda que o comércio de fuzis aconteça há alguns anos, segundo os investigados, mais de 100 unidades foram vendidas. As armas eram montadas em partes, já aqui no Estado, daí o nome da Operação Lego, e algumas peças seriam compradas por meio de sites de compra e venda.