O prefeito Professor Serginho anunciou na última terça-feira (3) um pacote de medidas para fazer frente à crise financeira da prefeitura. Batizado de Proagir, o programa reúne várias metas fiscais de redução de gastos, entre eles o corte do salário do próprio prefeito e do vice em 20%. A medida, contudo, não é suficiente para tirar Alvorada do topo da lista das prefeituras da região Metropolitana que mais gastam com o salário do gestor municipal em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
O jornal O Alvoradense realizou um levantamento entre os 13 municípios que compõem a Grande Porto Alegre. Foram comparados os valores dos salários brutos dos prefeitos, a partir de dados dos portais da transparência, com o PIB per capita destas cidades, que é a soma de toda a riqueza produzida no local dividido pelo número de habitantes.
O resulto aponta que mesmo com a redução de 20% no seu salário, Serginho vai receber 75,82% a mais do que o PIB per capita dos alvoradenses. Até o mês de outubro o prefeito recebia R$ 18.900,00 por mês, valor que caiu para R$ 15.120,00 a partir de novembro. A média do PIB entre os moradores da cidade, contudo, é de apenas R$ 8.599,33, um dos menores índices de todo o Rio Grande do Sul. Se levado em consideração o salário do prefeito anterior ao corte de gastos, o índice saltaria para 119,78%.
Além de Alvorada, outras três cidades da região Metropolitana gastam acima do PIB per capita para remunerar seus gestores. São elas, Arroio dos Ratos (65,96%), Viamão (32,56%) e Sapucaia do Sul (9,88%). Já Glorinha é o município que paga o menor salário proporcional à riqueza média dos habitantes. Renato Raupp recebe mensalmente R$ 10.187,97 para administrar uma cidade cujo PIB per capita é de R$ 36.648,20. A diferença é de 72,2% a menos.
Fonte: O Alvoradense