O rombo mensal no caixa da Prefeitura é de R$ 1,9 milhão, segundo apresentou o secretário da Fazenda, Marcelo Machado, em reunião almoço com empresários e políticos nesta quinta-feira (30) na Acial.
O secretário fez uma rápida apresentação sobre a situação financeira do município, que definiu como “sucateado”. Segundo ele, as dívidas herdadas do governo Serginho chegam a R$ 100 milhões, dividas entre de médio prazo de pagamento, no valor de R$ 53,6 milhões, e de curto prazo, na quantia de R$ 46,5 milhões.
Machado também sinalizou que em breve o governo deve iniciar a discussão com os servidores municipais sobre a previdência. Segundo ele, 26% da folha de pagamento é referente aos depósitos dos benefícios da aposentadoria dos funcionários, um patamar que, de acordo com cálculos do governo, deve chegar a 39,8% da folha em 2028, o que representaria um gasto de R$ 40 milhões por ano. “Vamos ter que fazer este debate, não adianta”, sinalizou Marcelo.
Na tentativa de ampliar a receita, o governo deve enviar para a Câmara de Vereadores ainda nesta ano um projeto para conceder 15% de desconto no IPTU para moradores que emplacarem seus veículos na cidade. Hoje, a inadimplência do IPTU supera os 60%, o que faz com que os recursos do IPVA sejam mais atrativos para os cofres da Prefeitura.
Antes da apresentação de Marcelo, o prefeito Appolo falou aos empresários. “Peço desculpas por não ter conseguido, ainda, ter feito o que vocês queriam e o que nós gostaríamos”, disse. Ele citou áreas que considera importantes, entre elas a da Segurança, da qual afirmou que a Prefeitura atua “com as próprias forças”.
Appolo também citou os problemas enfrentados com o recolhimento de lixo e sobre o descarte irregular. “Vamos colocar guardas para prender quem descartar [irregularmente o lixo]. As responsabilidades depois [de prender]? Bom, vamos nos defender depois”, disse, referindo-se sobre a viabilidade da proposta de passar a prender as pessoas flagradas jogando lixo em terrenos e arroios.
O prefeito falou ainda do trabalho voluntário feito por cargos de confiança e servidores com função gratificada realizados desde o início da gestão nos finais de semana, fora do horário de expediente. “Estão fazendo um favor? Acho que não. Se não quiser fazer, não tem problema. É só entregar o cargo.”
Fonte: O Alvoradense