Prefeitura tem R$ 18 milhões em dívidas sem previsão de pagamento

A crise nas finanças municipais está longe de terminar. O primeiro mês da gestão Professor Serginho já acabou e no caixa da prefeitura um déficit de R$ 18 milhões não tem sequer previsão de pagamento.

A maioria do montante é referente a contratos firmados entre o poder público e instituições privadas ao longo de 2012.

Somente na área da educação há R$ 5,4 milhões em contratos esperando pagamento. A situação é preocupante já que sem regularização das dívidas os credores que ainda possuem contrato com a prefeitura podem paralisar os serviços oferecidos.

A estimativa é de que R$ 8 milhões do déficit são do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Outros R$ 5 milhões são em precatórios.

Segundo o prefeito, as dívidas que podiam ser negociadas já estão com novo calendário de pagamento e seus credores receberão conforme acordado. “A partir deste ano vamos pagar em dia todos os compromissos que assumirmos” garantiu Serginho.

Os R$ 18 milhões, no entanto, não podem ser renegociados, o que já levou o prefeito a avisar: “Nos próximos dias vocês vão ouvir muita gente nas ruas dizendo que tem dinheiro a receber do governo”.

Fundo de pensão dos servidores tem rombo de R$ 5 milhões

Não bastasse o déficit nos cofres da prefeitura, outra dívida gera ainda mais preocupação. Segundo Serginho, a gestão do ex-prefeito João Carlos Brum deixou de depositar R$ 5 milhões no Fundo de Pensão dos Servidores.

Os valores deveriam ser repassados para o fundo em depósitos mensais, que representam 20% da folha de pagamento da prefeitura. De acordo com Serginho, no entanto, desde julho os repasses deixaram de serem realizados.

“Foram R$ 5 milhões gastos, onde a gente não sabe”, afirmou o prefeito.

A dívida já foi negociada com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (Sima) em pagamento de 60 parcelas no valor de R$ 87 mil mensais, mais juros de 2% ao ano.

Segundo o prefeito, em dezembro a antiga gestão chegou a repassar um pequeno valor, mas insuficiente para liquidar com a dívida.

Fonte: O Alvoradense