O Ministério Público em Alvorada denunciou na segunda-feira (29) o professor de uma escola estadual localizada no Jardim Alvorada, por importunação sexual de três adolescentes e estupro de vulnerável, em um caso envolvendo uma menina de 13 anos. As quatro vítimas eram alunas dele na época dos fatos. Como medida cautelar, a Justiça determinou ao denunciado a proibição de exercer a profissão de professor enquanto responde no processo criminal.
Na peça, a promotora de Justiça Karinna Licht Orlandi descreve que o professor, por diversas vezes, se aproximava das meninas impondo contato físico sem consentimento das vítimas, abraçando as alunas pela cintura, apertando, forçando abraços e beijos no rosto e pescoço. Mesmo sendo repelido, voltava a puxá-las pela cintura, impondo novos contatos físicos constrangedores. “Agindo assim, o acusado praticou atos libidinosos sem o consentimento das vítimas, para satisfazer interesses privados de cunho sexual. O denunciado praticou os delitos aproveitando-se do cargo de professor que exercia no educandário”, explica a promotora no documento.
A promotora alerta que é preciso denunciar e combater esse tipo de violência contra meninas e mulheres. “Comportamentos desta natureza não podem ser naturalizados e aceitos como brincadeiras, consistem em verdadeiro crime de importunação sexual. Trazem profundo desconforto e constrangimento para as vítimas e têm por finalidade única e exclusivamente atender interesse um privado de cunho sexual do agressor. São inaceitáveis, especialmente quando praticados por um professor, que tem a sublime missão de servir de orientador na formação profissional, intelectual e ética de seus alunos e não tirar proveito deles para atender interesses particulares, sobretudo de cunho sexual”, disse.
O MPRS também encaminhou cópia dos expedientes à Promotoria Especializada de Alvorada, com atribuição na improbidade administrativa, a fim de que adote as medidas que entender cabíveis no que se refere às condutas praticadas pelo acusado na condição de professor à época dos fatos e as possíveis omissões por parte de corpo escolar.
Fonte: Ministério Público RS