Mais Médicos quadruplicou o número de consultas no Estado

Primeiro grupo de médicos vindos do Exterior foi recepcionado pelo governador Tarso Genro em novembro de 2013 | Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini/OA

O impacto do programa Mais Médicos na assistência à população gaúcha foi apresentado nesta teça-feira (1º) pelo Ministro da Saúde, Arthur Chioro, aos prefeitos e secretários municipais de saúde do RS, entre outros gestores, em seminário no Ritter Hotel, na Capital.

O Estado conta hoje com 1.080 médicos do programa atuando em 369 municípios, que garantem atendimento nas unidades básicas de saúde para 3,7 milhões de gaúchos.

O balanço apresentado pelo ministro mostra que as cidades próximas a Porto Alegre registraram crescimento de 21,6% no atendimento de pessoas com hipertensão (passando de 6.305 em 2013 para 7.667 em 2014) e de 16,7% no número de consultas por demanda agendada, passando de 33.172 para 38.727 no mesmo período. As consultas de cuidado continuado aumentaram 16,1%, e as de diabéticos, 13,8%.

No RS, mais que quadruplicou o número de consultas por demanda imediata, passando de 53.862 para 247.536, e mais que triplicou (288) os atendimentos em saúde mental, de 37.992 para 147.614. Também houve aumento nos atendimentos de pré-natal (30%), a pacientes com diabetes (23,2%) e a usuários de álcool (19%). Os dados mostram que em torno de 80% dos problemas atendidos podem ser resolvidos na atenção básica, evitando a sobrecarga nos hospitais.

“Pela primeira vez em 25 anos do SUS, podemos ter de fato equipes completas com médicos nos postos de saúde, oferecendo atendimento humanizado e qualificado, que realmente fazem diferença para a população”, disse o ministro. Chioro explicou ainda que as outras frentes trabalhadas são as 26 mil Unidades Básicas de Saúde que estão sendo ampliadas ou construídas no país, além da qualificação dos serviços de regulação e de urgência.

A secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, disse que estamos vivendo a reafirmação do SUS, e o Mais Médicos é um marcador dessa afirmação, com um trabalho interfederativo. “A Força de Saúde criada durante a Copa, com servidores do Estado e município trabalhando juntos, mostrou que é possível atuar com gestão compartilhada. O Estado precisa ser protagonista, chamar para si as responsabilidades e manter o cofinanciamento das ações em saúde, a continuidade e o monitoramento das ações, além dos desafios encontrados até o momento”, disse.

A promoção do encontro foi do Ministério da Saúde, com o apoio do Governo do Estado do RS, e contou ainda com a presença dos coordenadores estadual e nacional do programa – Ricardo Heinzelmann e Felipe Proenço. A reunião discutiu também a continuidade e o monitoramento das ações, além dos desafios encontrados até o momento.

Fonte: O Alvoradense