Projeto que altera regras para eleições de diretores será votado nesta tarde na Câmara

Um Projeto de Lei (PL) polêmico de autoria do Executivo entra na pauta de votação da Câmara de Vereadores nesta tarde. O PL de número 005/2013 altera o processo de eleições para os diretores de escolas municipais.

Entre as principais mudanças, o projeto estabelece a proibição de mais de uma reeleição de diretores e seus vices, diminui o período do mandato de quatro para três anos e passa a exigir formação de chapas para o pleito. Se aprovado, a lei passa a valer já para os pleitos de 2013.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (Sima), Rodinei Rosseto, a proibição de que os vices-diretores possam se candidatar futuramente ao cargo de diretores é uma intransigência. “Concordamos com a retirada da perpetuidade, mas acreditamos que o cargo de vice é diferente”, pondera Rosseto.

A principal queixa de parte dos servidores é a falta de diálogo da Prefeitura. “O prefeito criticava o anterior dizendo que ele decidia as coisas no período de férias, mas agora o Sérgio está fazendo o mesmo”, critica o presidente do Sima. Segundo o sindicato, no momento 90% do funcionalismo está de férias, o que impede de abrir um debate amplo com a comunidade escolar.

“Enviamos propostas de emenda ao PL e pedimos que o Executivo retire da pauta de votação a proposta até março, quando será possível debater democraticamente as mudanças”, pede Rosseto.

O sindicato se reuniu na terça-feira com 27 diretores para debater o tema. Pela tarde, o grupo se reuniu com o presidente da Câmara Schumacher. Pelo menos quatro vereadores se mostraram solidários com o pedido de adiamento. Ainda assim, a decisão de retirar o PL de votação cabe ao Executivo.

Procurado, o prefeito Sérgio Bertoldi deve se manifestar ainda nesta tarde por meio de sua assessoria.

Proporcionalidade do pleito também é criticada

O Sima enviou uma emenda ao PL para propor que a proporcionalidade dos votos seja de 50% para professores e funcionários e 50% para a comunidade escolar. “O número de servidores é muito menor do que o de pais e alunos. É preciso valorizar o voto dos professores e funcionários, o que o projeto não faz”, explica Rosseto.

Segundo o sindicato, a categoria não aceitará a aprovação do projeto sem discussão e promete entrar na Justiça caso o PL seja aprovado.

Fonte: O Alvoradense