A Revolução Federalista de 1893 foi um dos conflitos mais sangrentos da história do Rio Grande do Sul e do Brasil. Travada entre maragatos (federalistas) e pica-paus (republicanos), a guerra tinha como pano de fundo a disputa pelo modelo de governo: os federalistas defendiam maior autonomia para os estados, enquanto os republicanos queriam um poder centralizado.
Durante os combates, uma prática bárbara se destacou: a degola. Diferente do simples corte na garganta, a degola visava romper a medula cervical, um método cruel que impedia a vítima de gritar, tornando a execução silenciosa. Essa atrocidade era tão comum que ficou conhecida como a “senha do capeta”, pois quem caía prisioneiro já sabia que o destino era certo.
No calor da guerra, muitos “não tiveram tempo nem de preparar o mate”, expressão que traduz bem o destino rápido e impiedoso de quem era capturado. O ápice da violência foi no Massacre de Campos Borges, onde centenas de prisioneiros foram degolados, deixando um rastro de sangue na história gaúcha.
A Revolução Federalista terminou em 1895, mas as cicatrizes da degola e da brutalidade desse conflito seguem vivas na memória do Rio Grande do Sul.
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Adair Rocha é tradicionalista, declamador e líder com experiência na preservação e promoção da cultura gaúcha. Sua jornada incluiu a subcoordenadoria da 1ª Região Tradicionalista em Alvorada, onde coordenou e apoiou iniciativas tradicionalistas, fortalecendo os laços culturais na comunidade.
Como comunicador de rádio, envolveu-se na difusão da cultura gaúcha, compartilhando histórias, músicas e eventos relevantes para a comunidade tradicionalista.
Como patrão do CTG Amaranto Pereira por quatro anos, liderou e desempenhou papel crucial na organização de eventos, promoção de atividades culturais e na representação da entidade. Atualmente é conselheiro na Fundação Cultural Gaúcha do MTG/RS.