O Prefeito Professor Serginho sancionou a Lei Municipal nº 2832 que regulamenta o estacionamento de veículos em vias públicas nas zonas comerciais de Alvorada.
O ato contou com as presenças do presidente da Câmara de Vereadores, Valter Slayfer, os vereadores Marcus Thiago e Leandro Tur, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Alvorada (Acial), Mauricio Cardoso.
A Câmara de vereadores havia aprovado no dia 11 o projeto de lei do vereador Schumacher (PT). Além de Cardoso, a sessão foi acompanhada de perto por comerciantes que comemoraram a aprovação do projeto numa época tão importante para os lojistas.
Negociação
O texto deveria ter entrado em votação na semana anterior, mas foi retirado para que os vereadores pudessem conversar com as partes interessadas.
O tema estava em debate desde 2012, quando um decreto proibiu os estacionamentos oblíquos em frente aos estabelecimentos comerciais. Desde então, a medida causou prejuízo aos comerciantes que procuraram o Legislativo a fim de resolver o impasse.
“Tivemos dois encontros com a promotora e com integrantes da Acial até trazer o projeto para debate na Casa. Finalmente vencemos essa luta de dois anos”, explica Schumacher. O petista ressalta a importância de todos os vereadores terem abraçado a causa e boa vontade da promotora que se dispôs a abrir diálogo com os integrantes do Legislativo.
A proximidade do Natal foi lembrada por diversos parlamentares que ocuparam a tribuna durante a sessão. “Importante ter aprovado esse projeto justamente quando estamos chegando na época de festas”, disse o vereador Reginaldo Rocha (PSB). Ele propôs que os comerciantes voltem a iluminar a avenida principal da cidade no período de festas. “Agora que as arestas foram aparadas é possível pensar nisso, não?”.
De acordo com a lei aprovada, fica autorizado o estacionamento nas calçadas desde que respeitada a faixa livre do passeio público, que compreende o espaço de dois metros a contar do meio fio, sendo que o tempo máximo permitido é de 60 minutos.
Schumacher explicou que o próprio comerciante será responsável pelo cumprimento e fiscalização desse tempo. “Se uma pessoa estaciona na frente da minha loja de manhã e nunca mais volta, cabe ao dono do estabelecimento denunciar, mas acredito no bom senso das pessoas”.
Queda nas vendas e desemprego
Um empresário que participou ativamente da luta pela aprovação do projeto foi Moacir Carlesso. Segundo ele, desde a proibição sua loja teve uma queda de 20% nas vendas. “É algo que não volta mais, não se recupera. Além disso, também teve a questão do desemprego porque não se pode manter empregados nessa situação”.
Na opinião dele, o projeto, na verdade, contempla os empresários que fizeram um planejamento de seu projeto. “O estacionamento é um benefício, um plus a mais que oferecemos aos clientes. Eu já demoli uma loja de 240 metros quadrados para fazer um estacionamento. O que estava ocorrendo era uma injustiça com empresários que contemplaram os clientes em seus projetos”. Otimista em relação as vendas de final de ano, Carlesso projeta um incremento de 10% em relação as vendas de 2013.
Para Neron Menger, proprietário de uma autopeças localizada na parada 43, a aprovação do projeto chega em boa hora. Ele conta o quanto sofreu com a proibição. “Tive de fechar espaço e dizer aos clientes que ali não podia mais estacionar. Isso sem contar da coação da fiscalização”. O comerciante chegou a alugar um espaço num terreno ao lado para fazer de estacionamento aos clientes.
Fonte: O Alvoradense