O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) vai promover encaminhamentos documentais e solicitar novas reuniões junto ao Ministério Público do RS (MPRS) e ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), para denunciar e pedir providências referentes à precarização das condições de trabalho dos profissionais no Hospital de Alvorada. Na quinta-feira (11), enquanto a nova gestão afirma normalidade no atendimento à população, médicos que atuam na emergência relatam falta de insumos e equipamentos básicos.
“Estivemos no hospital para conversar com os médicos nesta manhã e, infelizmente, não nos deixaram ter acesso aos colegas. Aguardamos o diretor-presidente por mais de meia hora e, quando saímos da sala, ele estava indo embora. Claramente evitando conversar com o Simers e lamentamos essa postura”, diz o diretor-geral do Sindicato Médico, Fernando Uberti.
Na madrugada de quinta-feira, os profissionais entraram em contato com o Simers para informar que não havia soro, insumo para medicação intravenosa e nem laringoscópio para realizar a intubação de pacientes. “Representantes da Associação Beneficente João Paulo II manifestaram surpresa com o que relatamos e não pudemos conferir as informações. Temos que proteger os médicos e garantir condições de trabalho para evitar os piores desfechos à população. E é inadmissível que os pacientes continuem sendo penalizados”, destaca Uberti.
Desde o dia 1° de abril, a Associação Beneficente João Paulo II passou a administrar o Hospital de Alvorada, que até então estava sob a gerência do Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC), que se encontra em processo de recuperação judicial. Processo de transição súbita e sem qualquer planejamento, o que motivou ação do Simers e demais sindicatos de trabalhadores da instituição para garantir desde os direitos rescisórios até o atendimento digno e adequado aos pacientes.
Fonte: Simers