Sexta é dia de cinema no bairro Aparecida

Circuito que aconteceria em maio, será retomado, iniciando pelo município

Foto: Lucas Rosendo / CineSolar / Divulgação / OA

O encanto do CineSolar, o primeiro cinema itinerante movido a energia solar do Brasil, poderá ser vivenciado durante 10 dias de atividades Estado a partir desta sexta-feira (02), iniciando por Alvorada. Depois, as apresentações incluem Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Santa Rosa, Bento Gonçalves, Cachoeirinha e Glorinha.

O Circuito CPFL/RGE, que aconteceria em maio, foi adaptado para visitar abrigos, instituições e locais públicos que atuam no atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade, impactadas pelas enchentes. Além disso, para ajudar na ativação da economia local, foram contratados prestadores de serviço e equipamentos locais.

Na telona serão exibidos curtas-metragens infanto-juvenis, com recursos de acessibilidade. A entrada é livre, não precisa de ingresso e o evento vai proporcionar diversão em família, com pipoca de graça para todos.

Programação

Em Alvorada, as sessões de cinema, apresentando curtas-metragens com recursos de acessibilidade, contam com o apoio do Projeto Mãos do Futuro e acontecem na sexta-feira (02) em duas sessões, às 17h e às 18h.

A entrada é livre e haverá distribuição de pipoca na Associação Beneficente de Apoio Social e Cultural de Socialização Integral Mãos do Futuro, na rua Alexandre Gusmão, 113, bairro Aparecida.

Furgão

Em março e abril, o CineSolar passou por 20 cidades do Rio Grande do Sul, e encerraria o circuito em 18 municípios. Em decorrência da cheia histórica e do fato do CineSolar ter perdido o furgão, inundado em um estacionamento de Porto Alegre, as sessões foram canceladas.

O furgão, uma estação móvel de ciências, arte, tecnologia, sustentabilidade e cultura de paz, é o protagonista responsável pela magia do CineSolar. O veículo é adaptado com as placas fotovoltaicas no teto e carrega todo o cinema: as cadeiras e banquetas, os sistemas de conversão de energia e armazenamento, de som e projeção, incluindo a tela.

Foto: Pedro Cerqueira / CineSolar / Divulgação / OA

Com a proposta de levar um pouco de entretenimento e acolhimento às famílias que ainda lidam com a perda e o recomeço, o CineSolar propôs a realização dos eventos em um formato diferenciado: as sessões de cinema serão promovidas em abrigos, instituições e locais públicos que atuam no atendimento a essas famílias em situação de vulnerabilidade.

Os oito municípios foram selecionados considerando a existência de abrigos e/ou os estragos que sofreram durante o período das chuvas. As outras 10 cidades previstas no circuito serão atendidas pelo projeto em 2025.

Ativando a economia local

E, para os 10 dias de atividades especiais em agosto, o cinema será convencional, sem a estrutura móvel do projeto. Além disso, a ação pretende colaborar na ativação da economia local, com a contratação de prestadores de serviço (técnicos, produtores e pipoqueiros) e de equipamentos de som, projeção, cadeiras, entre outros, promovendo a geração de renda e contribuindo para o recomeço das atividades ao setor.

 “Além de proporcionar alegria e descontração, entendemos que é fundamental unir forças para juntos restabelecer a economia criativa do estado, por isso decidimos contratar profissionais da região para fomentar a geração de renda local. É preciso também ressignificar a vida das pessoas, e sabemos a importância e o papel da arte e do cinema nesse contexto”, diz Cynthia Alario, idealizadora do CineSolar.

A 8ª edição do CineSolar é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio da RGE, empresa do Grupo CPFL Energia, que tem a State Grid como acionista majoritária, e apoio do Instituto CPFL, e é realizada pela Brazucah Produções, Ministério da Cultura e Governo Federal.

O Circuito CPFL 2024 é realizado também nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Ceará. Além das sessões de cinema, que neste ano também contam com filmes que aproximam o Brasil da interessante e milenar cultura chinesa, são promovidas oficinas em escolas públicas, com linguagem audiovisual e técnica de animação em stop motion.

 “Acreditamos que a magia do cinema é uma das formas de proporcionarmos um pouco de leveza e alegria para o povo gaúcho, nesse momento tão delicado. A arte também exerce um importante papel de acolher e cuidar”, comenta Daniela Ortolani Pagotto, head do Instituto CPFL.

CineSolar

Lançado pela Brazucah Produções, há 11 anos o CineSolar (linktr.ee/cine.solar) transforma espaços públicos e abertos em salas de cinema e já realizou cerca de 2.300 sessões (com exibição de 220 filmes) e 690 oficinas para 341 mil pessoas de 700 cidades, de 23 estados e do Distrito Federal. O projeto, que cumpre 10 dos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), já percorreu – com seus furgões Mahura e Tupã – mais de 302 mil quilômetros pelo país e atua com o objetivo de democratizar o acesso às produções audiovisuais (principalmente as nacionais), promover ações e práticas sustentáveis, a inclusão social e difundir a tecnologia da geração de energia solar. E, no mês de julho, a Linda 3.0 estreou nas estradas brasileiras.

O CineSolar realiza compensação de 55 toneladas de CO2e, em parceria com a Ecooar, através do plantio de 262 árvores e da certificação de créditos de carbono, com a manutenção de florestas, em áreas de preservação permanente, no município de Garça (SP). E também promove ações em conjunto com a Unesco Representação Brasil e a Unipaz (Universidade Internacional da Paz). O projeto integra a Solar World Cinema, uma rede internacional de cinemas itinerantes movidos a energia solar, conta com a parceria institucional da Mercedes-Benz – Cars & Vans Brasil e parceria solar da Clarios – com a bateria Heliar e a Freedom Estacionária, da EnergySeg Engenharia e da Ecori Energia Solar. 

SINOPSES

1ª Sessão

‘Vem conhecer a China com o CineSolar’ – Direção: Cynthia Alario – Brasil – Documentário – Duração: 9min49seg – Livre

O CineSolar, o primeiro cinema itinerante do Brasil movido a energia solar, viajou até a China, com a Cynthia Alario, idealizadora do projeto, e o Paulo Perez, diretor de Arte. A viagem, em março de 2024, foi a convite do Instituto Confúcio da Unicamp, de Campinas (SP). Eles acompanharam uma missão acadêmica, que fez escala no Catar e seguiu para Pequim e Xangai. O documentário mostra os bastidores do passeio e as visitas em pontos turísticos de Pequim como a Academia de Ciências, o Museu de História, a Cidade Proibida (o maior palácio do mundo), o Museu Nacional, o Centro Olímpico, o Arquivo do Cinema, a Grande Muralha da China e a experiência no trem-bala, o trem mais rápido do mundo, até Xangai. Na maior cidade do país, eles visitaram a Torre Pérola Oriental, que tem uma vista panorâmica de 360 graus, e vivenciaram um incrível passeio noturno de barco pelo Rio Huangpu.

‘Sobre Amizades e Bicicletas’ – Direção: Julia Vidal – Brasil/2022 – ficção – Duração: 20 min.

Thiago sempre sonhou em participar da corrida de bicicletas, mas isso parecia um sonho impossível devido à sua condição física. Tudo muda quando ele conhece Cecília, uma corajosa menina com deficiência visual que não conhece limites. Juntos, eles vão aprender a andar de bicicleta e o significado da amizade.

‘Geração Alpha’ – Direção: Débora Resendes e Iuri Moreno – Brasil/2023 – Animação – 11min20s

Rebeca, uma menina apaixonada por leitura, tenta convencer seu vizinho e melhor amigo, Marcelo, a ler um livro.

‘Firmino Coió’ – Deivid Osborges e Jota Arantes – Brasil – Ficção – 2018 – Duração: 21min13 seg

Um buraco na botina de Firmino Coió é o motivo para o caipira sair de sua lida na roça e se envolver em situações inusitadas, que o deixa em maus lençóis com sua esposa, Ruzara.

2ª Sessão

‘O dia em que me tornei mais forte – Meu primeiro arco e flecha’ – Direção: Dirce Quintino – Brasil/2020 – Live-action/Ficção – Duração: 5min41seg

Tauana gosta de atirar com o arco e flecha, mas os meninos acham que isso não é coisa de menina.

‘PiOinc’ – Direção: Alex Ribondi e Ricardo Makoto – Brasil/2023 – Animação/Ficção – Duração: 17min15seg

Oinc, um porquinho solitário que sempre brincava sozinho pelo cerrado. Um dia, enquanto brincava perto de uma linda árvore de flores amarelas, ele encontra Pi, um passarinho recém-nascido, que estava perdido. Pi segue Oinc até em casa. Os dois brincam muito até que  Pi fica  com fome. Oinc, orientado por sua  mãe, começa uma jornada para ajudar o amigo a voltar para seu ninho no alto da árvore. Porém, há um problema a mais, Pi não tem uma das asas. Como ele irá chegar lá no alto? Essa aventura irá testar a coragem e o companheirismo dessa dupla e mostrar que as diferenças são de grande valor para uma amizade verdadeira.

‘Quintal’ – Direção: Mariana Passos Netto – Brasil/2022 – Animação/Ficção – Duração: 15min14seg

A história retrata o início da amizade de Diadorim, uma menina sonhadora, e Riobaldo, um alegre passarinho azul. Em um terreno abandonado, eles buscam juntos se libertar das limitações impostas pela velocidade das demandas cotidianas. Inspirado na poesia “Tributo a João Guimarães Rosa” de Manoel de Barros.

‘Canela de Ema – O Mistério dos Muiraquitãs’ – Direção: Camila Vidal Shinoda, Otavio Lanner de Moura e Pedro Puglia Schneider – Brasil/2024 – Animação/Ficção – Duração: 16min09seg

Em “Canela de Ema – O Mistério dos Muiraquitãs”, mergulhe em uma animação repleta de aventura e magia. Gracinda, uma cadela abandonada, enfrenta a lendária Matinta Pereira na busca pela aceitação na exuberante Mata Fechada. Com seus amigos Grajaú e Paraná, ela embarca em uma jornada em busca do elemento mágico, o Muiraquitã, para provar seu lugar na floresta. Uma história emocionante sobre autodescoberta e união em face da adversidade.

‘Fim da Fila’ – Direção: William Côgo – Brasil/2016 – Animação/Ficção – Duração: 2min46seg

Baseada no premiado livro de Marcelo Pimentel, a animação apresenta vários animais brasileiros em fila, dia após dia. Conforme passa o tempo, surgem novos motivos para que os animais sigam em frente, sempre enfileirados – entre eles, a presença de um personagem do folclore nacional. Afinal, o que é que tem no fim da fila? A linguagem gráfica evoca a arte indígena brasileira.