Simers denuncia fezes de ratos e baratas em postos de saúde de Alvorada

Sindicato Médico do Rio Grande do Sul divulgou parecer com diversos problemas nas unidades de saúde constatados a partir de vistorias realizadas no município

Relatório de inspeção no PAM 8, realizado pela Vigilância Sanitária, aponta materiais vencidos na unidade | Foto: Simers / Divulgação / OA

Segundo vitoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) em 12 dos 15 postos de saúde de Alvorada, as unidades estão em condições “insalubres”. O parecer foi divulgado nessa terça-feira (3) em nota publicada no site da instituição.

O relato aponta que médicos e servidores dos postos de deparam de maneira frequente com fezes de ratos em cima da cama do consultório, assim como os próprios pacientes já mataram baratas dentro das unidades de saúde do município.

Um ofício será enviado para a Secretaria de Saúde relatando a presença de outros animais, como aranhas, gafanhotos, pulgas, carrapatos e cachorros nos postos.

A entidade cita, ainda, problemas verificados no PAM 8, como extintores fora do prazo de validade, ralos sem proteção adequada, presença de insetos e medicação vencida. O item mais grave apontado no relatório se refere ao material esterilizado. Segundo o documento, os instrumentos estão armazenados indevidamente e alguns tiveram sua validade expirada há mais de um ano.

“Este não é o único local com precariedade tão evidente. A unidade Umbu, por exemplo, não possui tampa na caixa d’água que abastece o posto”, revela o parecer, citando a preocupação com a possível proliferação do mosquito da dengue.

As condições levaram os médicos municipários a definirem estado de assembleia permanente. A decisão foi tomada em encontro no dia 27 de abril, no auditório do Simers.

Entre outros itens que prejudicam o trabalho médico e o atendimento à população, segundo o sindicato, estão a dificuldade de encaminhamento de consultas, falta de raio-x e espaços interditados pela Vigilância Sanitária de Alvorada, como o ocorrido nos postos da Nova Americana e Santa Clara em março.

Também foi registrada falta de materiais básicos para o trabalho dos funcionários, como luvas, papel toalha e gazes.

O sindicato também encaminhará ofício à Secretaria Municipal de Segurança exigindo providências relacionadas à vigilância das unidades, já que nenhum posto possui porteiro ou guarda, assim como não recebe rondas por parte da Guarda Municipal.

Demora nos exames
Durante as vistorias do Simers no município foram verificados relatos de pacientes que chegam a esperar até 15 anos por uma consulta com um hematologista; três anos para ser atendido por um traumatologista e quatro anos por um reumatologista.

No caso de gestantes, foi constatado demora para garantir o atendimento nos postos de saúde, com casos de espera de um a dois anos para fazer uma ecografia.

Procurada, a Prefeitura de Alvorada deve divulgar uma nota ainda nesta quarta-feira (4) sobre os relatos feitos pelo Simers.

Fonte: O Alvoradense