Melhorar o trânsito requer planejamento
Série de reportagens d’O Alvoradense apresenta os desafios do futuro prefeito
É cada vez mais complicado transitar pelas ruas de Alvorada. A falta de condições de mobilidade, em especial nas vias do centro da cidade, são problemas que todos enfrentamos diariamente. Aspectos como engarrafamentos e o aumento do número de acidentes são reflexos do crescimento da cidade, e de que a administração pública não se preparou para esse crescimento.
Não é difícil identificar os pontos mais críticos no trânsito de Alvorada. A Avenida Getúlio Vargas já não comporta a frota de veículos que recebe diariamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 a frota de Alvorada era de 53.070 veículos.
Em um pequeno passeio pelo avenida principal já se podem identificar pelo menos 10 pontos de engarrafamento ou de condições precárias de trânsito.
De acordo com especialistas ouvidos por O Alvoradense, são problemas que apenas precisariam de um planejamento mais eficiente. Pequenas mudanças, como o desvio de fluxo para vias alternativas e a transferência dos pontos de estacionamento para vias paralelas, podem ser, segundo o professor da Escola de Engenharia da UFRGS João Fortini Albano, soluções para amenizar os problemas do trânsito da cidade.
De acordo com o professor Albano, planejamento é o ponto chave para a melhora do trânsito de qualquer cidade. Preparar novas alternativas prevendo o aumento da frota é um dos desafios de qualquer administração. “A circulação deve ser planejada”, frisa.
Melhoras no transporte público podem representar também saídas para a redução dos congestionamentos. Um transporte público barato e eficiente é, para o professor, uma boa solução para o desafogamento da via. “À medida que existe melhora do transporte coletivo, o usuário de carro particular passa a deixar seu veículo em casa e utiliza o transporte coletivo”, afirma.
São quatro os problemas ocasionados, ou maximizados, por um trânsito ruim, segundo o especialista: perda de tempo, poluição do ar, consumo excessivo de combustível e aumento da irritação e do estresse.
Certamente esta será uma área que vai exigir muita atenção do novo prefeito. Novos empreendimentos trarão benefícios econômicos para a cidade, mas certamente criarão impactos consideráveis. O planejamento estratégico, então, será a única alternativa.
Fonte: Amanda Fernandes / O Alvoradense
