Taxistas fazem protesto após morte de dois colegas em Porto Alegre

Após a morte de três taxistas na madrugada de sábado em Porto Alegre, motoristas de Alvorada realizaram um protesto neste final de semana. Uma carreata percorreu as principais ruas da cidade na noite de sábado. Dois dos assassinados na Capital moravam na cidade. 

Na travessa José Bonifácio, bairro Mario Quintana da Capital, o corpo do taxista Cláudio Gomes, de 60 anos, foi encontrado junto de seu Corsa Classic. A vítima tinha ponto na Estação Rodoviária de Porto Alegre. 

Também de Alvorada, Eduardo Ferreira Haas, de 31 anos, foi encontrado morto na rua São Jerônimo, bairro IAPI. Ele trabalhava em um ponto na avenida Assis Brasil, em frente à Igreja São José. O veículo Corsa Classic que ele conduzia foi abandonado na rua Mata Bacelar, no bairro Auxiliadora.

O terceiro taxista morto na Capital foi Edson Roberto Loureiro Borges, de 49 anos, que conduzia um Passat e atuava em uma empresa de tele-táxi. O corpo foi localizado na rua Dos Nautas, na Vila Ipiranga, e o veículo foi abandonado na rua Bogotá, entre os bairros Jardim Lindóia e São Sebastião.

Mesma arma em todos os crimes

O laudo do Instituto de Criminalística (IC) apontou que todas as mortes foram cometidas com a mesma arma, calibre .22. Para a polícia, é possível afirmar que a mesma pessoa realizou os três assassinatos.

Em entrevista coletiva no domingo, o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, afirmou que o caso não possui precedentes. “É um fato inédito em toda a história da investigação policial do Rio Grande do Sul”, garantiu.

O chefe de Polícia do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior, explicou que a Polícia Civil trabalha com as hipóteses de homicídio, já que cada vítima levou dois tiros na altura da cabeça, e de latrocínio, uma vez que em dois dos veículos os aparelhos de som foram roubados.

“Ainda é difícil afirmar o que ocorreu de fato, mas o que já foi constatado até o momento, é que o assassino cometeu os três crimes sozinho, em ordem cronológica premeditada, e com a mesma arma, de calibre .22,” destacou Ranolfo.

A ligação entre os crimes da Capital e os de Santana do Livramento, onde três taxistas foram assassinatos na quinta-feira, com uma arma de mesmo calibre, por enquanto, é descartada pela investigação.

Fonte: O Alvoradense