As reações dos usuários de ônibus à nova legislação aprovada nesta semana na Câmara de Vereadores que destina todos os assentos dos coletivos para os passageiros preferencias são as mais diversas nas ruas de Alvorada.

Após a divulgação da matéria, pelo jornal O Alvoradense, milhares de leitores manifestaram apoio ou críticas ao projeto pelas redes sociais. Somente na página do Facebook do jornal foram mais de 50 mil pessoal alcançadas com a postagem sobre o assunto. Cerca de 3 mil emitiram sua visão sobre o projeto em comentários, curtidas ou compartilhamentos. A maioria das interações foram contrárias à determinação da Lei Municipal 001/2016, de autoria do vereador Leandro Tur (PT).

Inicialmente o texto da Lei determinava a preferência pelo assento para mulheres, idosos, obesos e pessoas com necessidades especiais. Na sexta-feira (1ª), a assessoria jurídica da Câmara informou que o texto foi alterado no momento da aprovação, substituindo a palavra “mulheres” para “gestantes ou pessoas com criança no colo”. A lei, portanto, não se estenderá à mulheres em geral.

Abaixo, confira a opinião de alguns usuários ouvidos pelo jornal:

“Deveriam aumentar o número de assentos preferenciais, mas não colocar todos a disposição de algumas pessoas. Vai dar confusão” – Carla Ferreira, 36 anos, moradora do Jardim Algarve.

Carla Ferreira / Foto: Mariú Delanhese / OA
Carla Ferreira / Foto: Mariú Delanhese / OA

“Já tem o preferencial para os idosos. Os demais deveriam ser respeitados pelas pessoas naturalmente. Mas não é o que acontece, infelizmente. Por isso é necessária a lei. Ainda assim acho estranho” – Karine Wefchenfelder, 30, Condomínio Terra Nova.

“As pessoas não tem educação e o jeito é impor. Mas fica difícil para quem deve fiscalizar isso. Já vi um cobrador ser agredido em uma discussão por causa dos assentos preferenciais”  – Felipe Berté, 31, Residencial Umbu.

“Em Alvorada é difícil das pessoas respeitarem os outros. Muitos ocupam os assentos reservados e fingem que estão dormindo. Quem sabe essa lei eduque as pessoas” – Jane Soares, 60, Vila Helenita, Viamão.

“Acho legal, porque os bancos da frente são poucos e todos acabam ocupados pelos idosos. Tenho dois irmãos pequenos e é complicado pegar ônibus com eles. Eu concordo com a lei” – Kelly Silva, 19, Maringá.

Kelly Silva / Foto: Mariú Delanhese / OA
Kelly Silva / Foto: Mariú Delanhese / OA

“Ótimo. Já que as pessoas não são educadas, serão forçadas a dar lugar a quem precisa. É válido sim” – Camila Geraldo Bairros, 33, Maria Regina.

“Essa lei é chata, estranha. O usuário de sempre, do horário de pico, não vai entender e isso acaba em briga dentro do ônibus” – Adão Quevedo, 54, Vila Elsa.

“Os idosos vão ficar no mesmo lugar, já que não passam da roleta, e o mesmo deveria ser para gestantes e obesos. Quem sabe regulamenta a entrada das pessoas na porta de trás e reserva lugares lá para elas. Tem que ser mais objetivo e racional ao fazer uma lei dessas” – Renato da Cunha, 24, Passo do Feijó.

Fonte: O Alvoradense