Nesta terça-feira (13), ocorre o julgamento do homem de 31 anos, David da Silva Lemos, acusado de homicídio qualificado contra seus quatro filhos, com idades entre três e 12 anos. As vítimas, conforme a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foram mortas com vários golpes de faca e asfixia na casa da avó paterna. O crime ocorreu em dezembro de 2022, no bairro Piratini.
O julgamento acontecerá no Salão do Júri do Fórum, com início previsto para as 9h. O Tribunal do Júri será presidido pelo juiz de Direito Marcos Henrique Reichelt, da 1ª Vara Criminal Especializada em Júri da Comarca de Alvorada. A acusação será feita pelos promotores de Justiça Plínio Castanho Dutra, Leonardo Rossi e Daniela Fistarol.
Não haverá transmissão dos trabalhos pela internet. A imprensa poderá acompanhar a sessão de julgamento e conforme determinação do magistrado, alguns depoimentos e partes dos debates não serão publicizados, devendo ocorrer sem a presença do público.
Caso
O crime aconteceu em 13 de dezembro de 2022 quando as crianças foram encontradas sem vida na casa onde estavam com o pai. Conforme a denúncia apresentada pelo promotor Marcelo Tubino, em março de 2023, o denunciado, que respondeu ao processo preso, cometeu homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, ao utilizar a morte dos filhos como instrumento de sofrimento à ex-companheira; por meio cruel, desferindo múltiplos golpes de arma branca nas vítimas, causando-lhes extenso sofrimento; e por asfixia, no caso da filha mais nova, de três anos.
As vítimas, Yasmin, 11 anos; Donavan, oito anos; Giovanna, seis anos; e Kimberlly, três anos, foram encontradas mortas dentro de casa, no Bairro Piratini. Três delas apresentavam marcas de facadas e uma, sinais de asfixia. Ainda há um agravante pelo fato do réu ter praticado os crimes contra menores de 14 anos.
Julgamento
Serão ouvidas em plenário pelo menos 15 testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa. Em seguida, haverá o interrogatório do réu. Os debates entre as representações das partes terão cinco horas de duração. A previsão é de que o julgamento dure três a quatro dias.
Fonte: TJRS / MPRS
