Vigilância em Saúde monitora aumento de casos de dengue

Em 2024 já foram registrados 216, ultrapassando o mesmo período dos dois anos anteriores

Foto: Ministério da Saúde / Arquivo / OA

O monitoramento dos casos de dengue no Rio Grande do Sul, realizado pelo Centro de Vigilância em Saúde (Cevs), apresenta um alerta para o aumento de registros da doença durante as duas primeiras semanas de 2022, 2023 e 2024. Conforme dados do Painel de Casos de Dengue RS, nas duas primeiras semanas de 2022 foram registrados 63 casos confirmados; em 2023, 42; chegando a 216 já no primeiro mês de 2024.

Outro fator de alerta é a ocorrência de casos confirmados de dengue durante todos os meses do ano, o que antes ocorria somente nos períodos de calor, demonstrando que não há mais sazonalidade na circulação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença.

Em todo o ano de 2022, o RS apresentou 66.812 casos confirmados 66 óbitos. Em 2023, o estado apresentou um número total de casos confirmados, até o momento, de 38.221 e 54 óbitos confirmados em razão da doença. Apesar do número absoluto de óbitos ter sido menor do que no ano de 2022, a análise de dados demonstra uma elevação na letalidade da doença, considerando o número de casos confirmados.

Plano de Contingência

Para enfrentamento ao risco de aumento de casos e de óbitos de dengue a SES conta com o Plano de Contingência das arboviroses urbanas (dengue, zika e Chikungunya) que orienta as ações de vigilância, controle do vetor e atenção à saúde, conforme o nível de alerta de cada região e cidade.

Também foi adotada, desde 2022, a emissão de Comunicados de Risco semanais, contemplando as 30 Regiões de Saúde do Estado, levando em consideração os Diagramas de Controle de casos notificados de Dengue exceto os descartados, bem como dados ambientais e ocorrência de casos graves e óbitos, a fim de sinalizar as Regiões de Saúde com maior risco para epidemia de Dengue, bem como das demais arboviroses.

O descarte adequado de objetos que possivelmente acumulem água, uso de repelente para proteção e a procura por um serviço de saúde diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com dengue e na ocorrência de sinais de alarme são atitudes necessárias a serem tomadas pela população.

Rede de Atenção à Saúde

A dengue é uma doença infecciosa que provoca sintomas comuns a outras viroses, exigindo atenção aos possíveis casos suspeitos para manejo clínico adequado e oportuno. Além das medidas de controle ambiental e de vigilância epidemiológica, buscando evitar óbitos, os profissionais médicos devem estar atentos com relação a incidência dos casos de dengue de sua região, bem como devem implementar a conduta clínica de acordo com os protocolos instituídos pelo Ministério da Saúde em todos os níveis de atenção, seja nos serviços públicos ou nos privados.

A Atenção Primária à Saúde é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde, sendo normalmente o local de procura de usuários com sintomas mais brandos da doença. As demais portas de entrada dos serviços de saúde, como emergências e Unidades de Pronto Atendimento(UPAS) são para atendimento de casos mais graves, com provável necessidade de internação.

Fonte: Secretaria Estadual da Saúde / Governo do Estado RS