Operação prende 39 por venda ilegal de suplementos e anabolizantes

Lojas foram alvo de mandados de busca e apreensão em 16 cidades do Estado | Foto: PC/Divulgação/OA
Lojas foram alvo de mandados de busca e apreensão em 16 cidades do Estado | Foto: PC/Divulgação/OA

A Operação Hipertrofia, da Polícia Civil, prendeu ao todo 39 pessoas por venda ilegal de suplementos e anabolizantes. A ação ocorreu simultaneamente na manhã desta segunda-feira (9) em 16 municípios gaúchos, entre eles Alvorada.

Foram recolhidos diversos produtos de suplementos alimentares e serão incinerados. A Polícia Civil (PC) precisou de três caminhões para recolher as mercadorias.

Os produtos tinham como função a queima de gordura e incremento da massa muscular. De acordo com o titular da Delegacia do Consumidor (Decon), delegado Fernando Soares, as investigações começaram há 14 meses, devido a uma denúncia da Vigilância Sanitária.

Os agentes descobriram suplementos alimentares suspeitos na agência dos Correios da avenida Sertório, em Porto Alegre.

A partir da apreensão, os policiais conseguiram a autorização da Justiça para fazer escuta em 29 telefones, de comerciantes, donos ou sócios de farmácias, academias, lojas comerciais físicas e virtuais.

A ação foi feita para retirar do mercado substâncias proscritas pela Anvisa”, disse Soares. “Além dos rótulos não atenderem as exigências do Código de Defesa do Consumidor, muitos escritos em inglês e contendo substâncias não autorizadas pela Anvisa”, ressaltou o delegado.

Produto vinha de São Paulo
De acordo com ele, o produto vinha de São Paulo. Uma transportadora, também investigada, com filiais em várias cidades do Brasil, trazia quinzenalmente os produtos para vários compradores. Seriam vários grupos que comprariam os produtos no Sudeste do País.

“Muitos compravam vinham com o produto, outros recebiam no Estado, pela transportadora investigada”, contou, lembrando que os produtos custam de R$ 300,00 até R$ 1.000,00, dependendo do produto.

Grande parte dos produtos violava portaria da Anvisa. Um dos exemplos, suplementos com cafeína, os produtos confiscados mostram conter vários componentes, além da cafeína.

“Outros suplementos continham DMAA, uma substância proibida de ser comercializada tanto no Brasil como nos Estados Unidos”, ressaltou Soares. “Isso, configura tráfico de drogas, por esta substância.”

Escuta
Uma escuta telefônica deu aos agentes da Delegacia (Decon) a certeza de que os suspeitos sabiam o que estavam fazendo. Na ligação, um dos acusado liga para outro, informando que a esposa está doente.

O cúmplice pergunta o que ocorreu e ele explica que a mulher tomou um determinado suplemento alimentar. A outra pergunta do segundo suspeito é reveladora: “Ela é burra? Ela não sabe que este produto é apenas para vender e não para tomar?”, questionou. As informações são do Correio do Povo.

Foram cumpridos 123 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Estância Velha, Gravataí, Alvorada, Montenegro, Rio Grande, Pelotas, Santana do Livramento, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Torres, Capão da Canoa e Tramandaí.

Cerca de 750 policiais participaram da operação, que conta também com equipes de fiscais do Procon Estadual e Procon e Vigilância Sanitária de Porto Alegre.

Material apreendido lotou três caminhões da Polícia Civil | Foto: PC/Divulgação/OA
Material apreendido lotou três caminhões da Polícia Civil | Foto: PC/Divulgação/OA

Fonte: O Alvoradense