A quarta-feira (15) será de paralisação de serviços essenciais no país, organizada por forças sindicais. O protesto dos trabalhadores será contra o Projeto de Lei (PL) 4330, que regulamenta a terceirização das empresas. No Rio Grande do Sul, serviços de transporte, educação e saúde já confirmaram que participarão da manifestação. Em Alvorada, no entanto, tudo deve seguir funcionando normalmente.
Já confirmaram adesão ao Dia Nacional de Paralisação os sindicatos das seguintes empresas: Carris, de ônibus; Trensurb, de metrô; Cpers, das escolas estaduais; os hospitais Clínicas, Conceição e Previdência. Todos afetam diretamente a capital gaúcha. Outras categorias ainda poderão entrar na lista de manifestantes.
O protesto visa barrar o PL 4330, que trata da terceirização. Mas além dele, está em pauta também as medidas provisórias 664 e 665, que mudaram o seguro desemprego, auxílio doença, as pensões, o PIS (Programa Integração Social) e outros direitos trabalhistas.
O presidente do sindicato dos rodoviários de Alvorada, José Luiz Araújo, afirmou que o transporte coletivo da cidade irá funcionar normalmente. Ele se posicionou contrário as medidas provisórias, entretanto, afirmou que ainda precisa analisar melhor o PL 4330 – motivo principal da paralisação desta quarta. Os rodoviários já realizaram na manhã desta terça-feira um protesto reivindicando mais segurança.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (Sima) também não fará paralisação, isto porque seria necessário aprovar em assembleia o ato. O último encontro oficial da categoria ocorreu antes da convocação nacional dos protestos. Ainda assim, uma nota de apoio ao ato deve ser divulgada.
As polêmicas do PL 4330
O Projeto de Lei que regulamenta as terceirizações no país é rejeitado por sindicatos. Segundo eles, a medida é um retrocesso aos direitos trabalhistas por diversos motivos, entre eles: o salário dos terceirizados é 24% menor; em média, trabalham três horas a mais; contabilizam 80% dos acidentes com mortes; correspondem a 90% do trabalho escravo.
Fonte: O Alvoradense