Pela primeira vez em 13 anos, Alvorada tem mais demissões do que contratações

Ao longo de 2015 cidade fechou 51 vagas de carteira assinada

Índice só não foi pior devido ao bom desempenho da construção civil na cidade | 5R / Divulgação / Arquivo OA

Alvorada perdeu 51 postos de trabalho com carteira assinada em 2015. O resultado, apesar de parecer pequeno, reflete o pior índice desde 2002. Esta é a primeira vez que o município registra mais demissões do que contratações ao longo de um ano.

Os números, contudo, refletem a crise econômica no país e em especial no Rio Grande do Sul, onde foram fechados 95 mil postos de trabalho em 2015. Também é a primeira vez que o estado registra índice negativo.

Entre janeiro e dezembro do ano passado, mais de 600 vagas foram fechadas nos setores de indústria e comércio na cidade. O resultado só não foi pior porque houve a abertura de 164 postos de trabalho no setor de serviços e de 412 na construção civil ­- criadas principalmente a partir de novos canteiros de obras como o do shopping Praça Alvorada e o do campus do Instituto Federal de Educação.­

Somente no mês de dezembro foram fechados 430 postos de trabalho. Até então, o pior desempenho de Alvorada tinha se dado em 2005, quando o município havia criado 191 vagas no saldo do ano. Em 2010, foram quase 2 mil novas vagas.

Do total de postos fechados em todo o estado em 2015, 48.547 vagas foram extintas apenas na região Metropolitana. Entre os principais motivos da retração, está o desempenho negativo do emprego nos setores da indústria de transformação, da construção civil, do comércio e de serviços.

Em relação aos demais estados da federação, o Rio Grande do Sul ficou atrás apenas de São Paulo (466 mil vagas fechadas), Minas Gerais (196 mil) e Rio de Janeiro (183 mil) em número de vagas extintas. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho em 2015, representando queda de 3,74% em relação ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior.

Fonte: O Alvoradense