O domingo (13) será de grandes atos contra e a favor do governo. As maiores mobilizações devem se concentrar nas capitais. É o caso de Porto Alegre, onde os grupos se concentram a partir das 14h no Parcão (contra o governo) e na Redenção (a favor).
A mobilização dos grupos que querem o fim do atual governo, a exemplo das anteriores, é nacional e vem sendo gestada há mais de 30 dias. No RS, está sendo organizada, principalmente, pelos movimentos Vem pra Rua (VPR), Movimento Brasil Livre (MBL) e Brasil Melhor.
Os que acusam a tentativa de golpe integram a Frente Brasil Popular (FBP), que reúne 42 entidades, movimentos e partidos, como PT e PCdoB, CUT, UNE, Via Campesina e MST. No domingo, a manifestação que acontecerá em capitais como Porto Alegre não se estenderá a todos os estados. As datas de mobilizações nacionais serão dia 18 (em várias capitais) e 31 de março (em Brasília).
Presidente pede paz e respeito
A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado que as manifestações contra seu governo devem ser tratadas “com todo respeito”. Dilma defendeu a liberdade de expressão e a democracia.
“Para mim é muito importante a democracia no nosso país, então eu acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo respeito”, disse. “Então, eu faço um apelo pela paz e pela democracia”, afirmou. “Nós vivemos um momento em que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam, e isso é algo que nós temos de preservar”.
A última grande manifestação contra o governo Dilma Rousseff, em março de 2015, levou muitas pessoas às ruas em todo o Brasil. Não houve, no entanto, registros de violência pelas polícias locais.
Semana bomba
As manifestações ocorrem após três episódios negativos para o PT e o governo nas últimas duas semanas. O primeiro deles foi uma suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O teor da delação, não confirmada por Delcídio envolve tanto o ex-presidente Lula quanto Dilma em atos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.
Já no último dia 4, o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal (PF), em cumprimento de mandado de condução coercitiva. A ação da PF, ocorrida no âmbito da Operação Lava Jato, foi considerada um “ultraje” por Lula, além de muito criticada por membros do governo e pela própria presidente Dilma.
O último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente. Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.
Fonte: O Alvoradense