MPF listou 11 atitudes realizas por Cunha para atrapalhar a Lava Jato; veja a lista

Entre os atos estão manobras, ameaças e supostas ofertas de propina

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / Arquivo / OA

Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, a força-tarefa da Operação Lava Jato listou atitudes, que conforme os procuradores, foram adotadas por Cunha para atrapalhar as investigações.

Entre elas, a convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista e colaborador da Lava Jato Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras.

Confira a lista completa:

  • Requerimentos no TCU e à Câmara sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina;
  • Requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas se tratavam de inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;
  • Convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;
  • Contratação da KROLL pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;
  • Pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;
  •  Apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos, como fez o lobista Julio Camargo, ao delatar Eduardo Cunha (refere-se ao projeto de lei de autoria do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos membros da tropa de choque que o ex-deputado federal Eduardo Cunha liderava);
  • Demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas que evidenciaram que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada “laranja” Solange Almeida;
  •  Suspeita do recebimento de vantagem indevida por emendas para bancos e empreiteiras;
  •  Manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pede a cassação do deputado;
  •  Ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP);
  •  Relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.