Com quase 200 novos casos de Aids registrado no ano passado, Alvorada é a cidade com maior incidência da doença do País. Até 2010 esta marca era de Porto Alegre, que apresentava um índice de 95,3 diagnósticos de soro positivo para cada 100 mil habitantes.
Segundo dados obtidos pelo O Alvoradense, ambas as cidades apresentavam o mesmo comportamento no registro de casos da doença entre os anos de 2000 a 2006, sempre com vantagem para a Capital. Em 2007 Alvorada e Porto Alegre registraram a maior diferença entre os índices. Enquanto aqui 67,2 de diagnósticos a cada 100 mil habitantes era registrado, lá mais de 115 apresentavam resultado positivo.
No entanto, a partir de 2008 as cidades começaram a andar em direções opostas. Porto Alegre começou a registrar constantes quedas (com exceção de 2010, quando apresentou leve alta), enquanto Alvorada disparou nas estatísticas. De 62,5 em 2008, passou para 79,5 em 2009, 84,3 em 2010 até alcançar o atual patamar de 97,7 em 2011.
Os dados são ainda mais alarmantes se levado em conta o crescimento populacional dos dois municípios na última década. Enquanto Porto Alegre cresceu 3,6%, Alvorada viu seus habitantes aumentarem 6,3%.
A AIDS no Brasil
A taxa de incidência de Aids no Brasil tem se mantido nos mesmos patamares, nos anos recentes, embora apresente diferenças regionais. Nesse ano, foram registrados 38,8 mil casos novos da doença. O maior volume de casos continua concentrado nos grandes centros urbanos.
A região Sudeste apresenta redução nas taxas de incidência de Aids de 27,5 casos (para cada 100 mil), em 2002, para 21,0 em 2011. Nas regiões Sul, Norte e Nordeste, há leve tendência de aumento. O Centro-Oeste apresenta comportamento similar ao Brasil, ou seja, a epidemia continua no mesmo patamar.
A taxa de prevalência (percentual de pessoas infectadas pelo HIV), em 2010, foi estimada em 0,42%. Em relação à mortalidade, o país apresentou média de 11.300 óbitos por ano na última década. O coeficiente de mortalidade padronizado (número de óbitos para cada 100 mil habitantes utilizando-se uma população padrão) vem apresentando queda. Enquanto em 2000, era de 6,3, em 2011 o número registrado foi 5,6, o que representa redução de 12%. O diagnóstico precoce seguido do acesso, em tempo oportuno, à terapia antirretroviral explica a queda de óbitos em decorrência da Aids.
Confira o infográfico elaborado pel’O Alvoradense sobre os números da doença:
Fonte: O Alvoradense