Três faixas de medicamentos receberam aumento, devido ao órgão regulador levar em consideração a variação dos preços acumulada dos últimos 12 meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O índice é apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O critério para esses reajustes é definido com base naqueles que possuem maior presença de genéricos no mercado. O grupo de remédios com maior participação de genéricos, que repre-senta 20% ou mais do faturamento, pode ficar até 5,85% mais caro. Já os medicamentos do grupo intermediário, que possui faturamento entre 15% e 20%, poderão subir até 2,8%.
A medida também estabelece redução de preços em alguns medicamentos. É o caso da categoria de remédios com a menor participação de genéricos, ou seja, com faturamento abaixo de 15%. Os fabricantes desses medicamentos deverão reduzir os preços em 0,25%.
No ano passado, com o IPCA de 2,47%, os reajustes foram de 3,54%, 4,78% e 6,01%. Os reajustes dependem da concorrência no mercado. Quanto mais genéricos tem um remédio, maior é o aumento autorizado. Em 2011, apenas a última faixa superou a inflação medida pelo IPCA de 2010, que foi de 5,91%. Segundo o Sindicato dos Farmacêuticos do RS (Sindifar), entre os remédios do primeiro grupo estão os antiulce-rosos, diuréticos, expectorantes, tranquilizantes e anticonvulsivante. No segundo estão inseridos os antitussígenos, antipsicóticos e produtos antitabagismo. Já os do terceiro conjunto são os demais medicamentos não abrangidos pelos grupos 1 e 2, e que tenham preço controlado.
Fonte: Fernanda Escouto / OA