Há mais de 40 anos a moradora da rua Gaspar Martins, bairro Americana, Solange de Oliveira Nascimento (foto), enfrenta as cheias do Arroio Feijó. Contudo ela afirma que este ano foi o pior de todos os invernos, a começar pela cheia de julho, entrando quase dois metros de água em sua casa, até agora, quando está há cerca de 20 dias abrigada, primeiro na Escola de Capacitação Anísio Teixeira (Galpão da Americana) e agora no Ginásio Municipal.
Com as águas finalmente baixando, ela está prestes a voltar para casa, mas se sente insegura. “Mesmo depois de limpa, não tem como morar ali, porque o piso está todo estragado. Eu perdi muitas coisas e agora não tenho onde colocar o que sobrou com segurança”, lamenta ela que pede informações sobre o aluguel social, que ela ouviu falar na televisão, mas não sabe como proceder ou se tem direito.
“Se eu puder economizar no aluguel, posso arrumar a casa para voltar de vez”, imagina ela, que vive da pensão dos filhos e passa por dificuldades.
Solange é um reflexo das outras famílias que estão prestes a deixar o Ginásio Municipal, mas se sentem inseguras em retornar ás suas casas, que foram castigadas pelas águas por muitos dias. A previsão é que até terça-feira (3) todos já tenham sido realocados, sendo que antes as famílias recebem um rancho básico e material de limpeza.
Fonte: O Alvoradense