Após segunda-feira (9) turbulenta em Brasília, a admissibilidade do processo de impeachment começou a ser analisada pelo Senado. Na manhã de ontem, o presidente interino da Câmara dos Deputados havia anulado a votação que deu parecer favorável a saída de Dilma Rousseff. Mais tarde, Renan Calheiros (PMDB) reiterou que o Senado seguiria a pauta normalmente.
O senador Vicentinho Alves (PR-TO) foi designado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e fez a leitura em plenário das conclusões do relatório do senador Antonio Anastasia favorável à admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Com isso, o prazo de 48 horas para a votação do relatório em plenário começa a contar e a previsão é que a sessão de análise da matéria seja iniciada na próxima quarta-feira (11). Se a admissibilidade for aprovada pelos senadores, a presidenta será imediatamente afastada por até 180 dias, enquanto o Senado voltará a analisar no mérito se Dilma cometeu crime de responsabilidade e deve ser definitivamente impedida.
A restrição da leitura às conclusões do relatório provocou protestos por parte dos senadores governistas. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) requisitou que Alves fizesse a leitura completa do relatório e reclamou que a redução fere o direito de defesa. “Por que essa pressa? Será que num processo dessa gravidade os senadores não podem sentar e ouvir o relatório inteiro?”.
O presidente, no entanto, manteve o procedimento de leitura e comunicou que as cópias do relatório seriam entregues aos senadores para que todos pudessem ter conhecimento do inteiro teor do documento.
Momentos antes da leitura, Renan respondeu às questões de ordem apresentadas pela base governista, que tinham a intenção de adiar a leitura e a votação do relatório da Comissão Especial do Impeachment, e rejeitou todas.
Fonte: O Alvoradense / Com informações de Agência Brasil e Agência Senado