O Ministério Público deflagrou nesta terça-feira (8) a Operação Alderman, cujo alvo é o atual vereador de Alvorada pelo PMDB Vanio Presa. A Justiça determinou sua prisão preventiva, mas como até o início desta noite ele não havia sido localizado, o MP o colocou na condição de foragido.
Vanio Presa é investigado desde março deste ano por supostamente chefiar um grupo criminoso que, entre outras ações, era especializado em lavagem de dinheiro.
Os valores seriam proveniente de crimes licitatórios contra administração, tráfico de drogas e agiotagem. Ainda de acordo com a investigação, o grupo colocava bens em nome de terceiros e utilizava pizzarias para lavar o capital. Estima-se que tenham sido lavados mais de R$ 1 milhão.
De acordo com o MP, o mandado de prisão decretado contra o vereador se deve em virtude de “tentativas de obstrução da investigação, além da garantia da ordem econômica, aplicação da lei penal e garantia da ordem pública”. Ele foi afastado do cargo.
A Operação Alderman (que significa vereador em inglês), cumpriu também sete mandados de busca e apreensão em escritórios de contabilidade, pizzarias, uma residência e veículos.
Também foi imposta fiança a quatro outras pessoas investigadas, nos valores de R$ 5 mil a R$ 30 mil. Foi determinado bloqueio de bens em contas correntes, imóvel no litoral norte gaúcho e dois imóveis em Alvorada, além de cinco veículos.
Ainda de acordo com o MP, haveria “fortes indícios de que parte dos valores sem origem serviu para financiar a campanha” do prefeito eleito de Alvorada, Appolo.
As investigações são fruto de um esforço conjunto das Promotorias de Justiça Criminal, Especializada e Eleitoral de Alvorada, do Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp). Participaram da ação, coordenada pelos promotores de Justiça Marcelo Tubino e Rochelle Jelinek, o coordenador do Núcleo de Inteligência do MP, Diego Rosito de Vilas, e o Coordenador do Gaeco Reginaldo Freitas da Silva.
Vanio Presa já responde a ações judiciais por fraudes em licitações, além de ser investigado por desvio de verbas de diárias e por supostamente possuir “assessores fantasmas”, que receberiam remuneração pela Câmara de Vereadores, mas trabalhariam nas pizzarias do vereador.
Fonte: O Alvoradense