Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Alvorada e Gravataí na quinta-feira (25), durante a Operação Inquinada, que significa o que está poluído, sujo, impróprio ao consumo. O objetivo foi coibir envase e armazenamento e distribuição de água mineral em desacordo com as prescrições legais, sobretudo em época de pandemia. Apenas em Alvorada foram constatadas irregularidades que resultaram no fechamento da empresa e a prisão de três homens, de 20, 32 e 40 anos, por crime contra as relações de consumo e associação criminosa.
Recentemente, em 20 de janeiro, as empresas investigadas haviam sido interditadas, uma definitivamente, e outra cautelarmente, conforme Auto de Infração 003/2021 da Vigilância Sanitária de Alvorada. O motivo foi a constatação de que a água mineral estava insatisfatória quanto às análises microbiológicas e/ou físico-químicas, em desacordo com as informações constantes no rótulo e sem identificação clara do consumo de água com teores de fluoreto acima de 2mg/L. Contudo, mesmo diante das restrições impostas, a empresa continuou funcionando.
Nesta quinta-feira, na fábrica da RS 118, KM 25, os agentes constaram que funcionários seguiam envasando água mineral, sem autorização. No local, agentes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e da Vigilância Sanitária de Alvorada constataram a utilização de fonte de água interditada para o envase de água mineral, ausência de análises obrigatórias de água utilizada, ausência de higiene geral, presença de pragas na área de produção, presença de material em desuso na área interna e externa do estabelecimento. A área de envase não estava isolada, e havia vidro quebrado, comprometendo a segurança sanitária do produto.
Desta vez a Vigilância Sanitária de Alvorada emitiu Auto de Infração Sanitária, realizando a inutilização imediata de produto, sendo descartados mais de seis mil litros de água já envasada.
A FEPAM lacrou o poço que estava sendo utilizado irregularmente, e foi confeccionado mais um Auto de Infração, determinando a suspensão de todas as atividades.
Já em 19 de janeiro, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) emitiu Ofício Circular para as Coordenadorias Regionais de Saúde, para a retirada de diversos produtos do mercado de todo o Estado.
Agora nova circular está sendo emitida, com atualização da proibição de comercialização de produtos de todas as apresentações da marca.
A ação conjunta foi realizada pela Polícia Civil, Ministério Público Estadual, Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Vigilância Sanitária Municipal/RS e Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (FEPAM).
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