Um dos fundadores do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Alvorada está sem filiação partidária desde quarta-feira (12). Alceu Junior de Farias Barra, o Junior Caminhoneiro, que foi candidato a prefeito nas eleições de 2020, deixou a legenda e afirma que deve seguir sem filiação partidária.
Quando questionado pelos motivos que o levaram a deixar o partido que fundou em Alvorada, lamenta não ter conseguido despertar interesse do partido para suas lutas, “que tem como foco principal a minha cidade, Alvorada, e a minha categoria profissional, os caminhoneiros”.
“Eu estive nas trincheiras do partido, mas o partido não esteve onde eu o chamei para estar”.
Filiado desde 2010, Junior trouxe o PSOL para Alvorada naquele mesmo ano, fazendo pequenas reuniões de formação politica. Em 2014 concorreu a Deputado Estadual representando Alvorada e os caminhoneiros e no ano seguinte, 2015, fundou o primeiro Diretório sendo eleito presidente. Nas eleições municipais de 2016 lançou Rodinei Rosseto, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (SIMA) candidato a prefeito, com uma nominata de 12 candidatos a vereador. Dois anos mais tarde, em 2018, concorreu a Deputado Federal, novamente representando a cidade e sua categoria profissional.
Em 2019 voltou a formar uma direção para o Diretório Municipal, atuando como secretário de Organização e, por fim, concorreu à Prefeitura de Alvorada em 2020.
Ao deixar o partido ele salienta que, no final de 2021 o PSOL estava em dia com os seus compromissos e foi eleito novo diretório. “Assim posso sair com a certeza de todos os deveres cumpridos e deixando a casa em ordem para quem fica”.
Junior Caminhoneiro afirma que sai só e que pretende seguir se dedicando às lutas pela sua categoria e “por uma Alvorada mais liberta, principalmente através da Biblioteca Popular levando conhecimento à população”.
Em suas redes sociais publicou:
“Desde ontem estou sem filiação partidária. Meu ativismo é focado na minha cidade e na minha categoria profissional. Porque um mundo melhor começa na própria comunidade e a emancipação dos trabalhadores tem que ser obra dos próprios trabalhadores.
Terá a minha companhia toda a gente que tiver sonhos e propostas firmes para Alvorada, bem como, apoiar as lutas da minha classe caminhoneira”.