A mobilização ocorrida na noite de quarta-feira (09) trouxe à tona muitos problemas que estão sendo enfrentados por moradores e comerciantes do Jardim Porto Alegre, que se encontram sem abastecimento de energia elétrica desde as 16 horas de domingo.
Após o temporal, parte do bairro ficou às escuras e, com o passar dos dias, são contabilizados os prejuízos, que vão desde a alimentos em geladeiras residenciais, como produtos em minimercados, que acabam sendo jogados fora aos quilos ou idosos que não contam com atendimento apropriado…
O comerciante Bruno Do Carmo Stamm, é um que contabiliza os prejuízos com a perda de alimentos perecíveis. “Estamos abandonados, a CEEE não aparece”, lamenta.
Outro empresário é Robson Viana, proprietário de um dos três minimercados da região e que empregam mais de 30 pessoas “É lamentável o desperdício de alimentos, já nos descartamos de cerca de dois mil pães e mil e quinhentos quilos de carne”. Ele conta que entrou em contato com a empresa de energia ainda no domingo, mas não obteve sucesso.
Procurou a CEEE desde domingo, não obteve sucesso. Ele acredita que o bairro esteja abandonado, são comerciantes, moradores e um asilo sem qualquer assistência ou respeito. “Fomos esquecidos pela Câmara de Vereadores, pelo poder púbico”, denuncia.
Morador do bairro há mais de 30 anos, Alexandre Lopes, diz que nunca ficou tanto tempo sem energia elétrica. “A privatização só piorou a situação. Antes ficávamos algumas horas sem luz, é a primeira vez que ficamos tanto tempo.
Na manifestação da noite passada, novamente a Brigada Militar esteve presente, e foi necessária a intervenção do Corpo de Bombeiros para apagar as barricadas de fogo erguidas pela população. Contudo, a esperada chegada de uma equipe da CEEE não aconteceu e deixou os manifestantes frustrados.
Imagens: Rafael Acosta / Especial / OA