A Polícia Civil deflagrou, na terça-feira (15), a Operação CabeçaS, contra um grupo criminosos apontado como responsável pela entrada no Estado de meia tonelada de maconha por semana, vinda do Paraguai.
O objetivo foi atacar a liderança de três facções do Estado que compravam a droga.
Cerca de 60 agentes cumpriram nove mandados de busca e 21 de prisão preventiva em Alvorada, Cachoeirinha, Porto Alegre e em presídios estaduais e três federais. Um veículo blindado e um helicóptero foram usados na ação.
CabeçaS
O esquema de “importação” de maconha do Paraguai é investigado há três anos, desde a apreensão de 250kg da droga nas imediações da Capital. Desde então, mais de 440kg de entorpecentes foram apreendidos e onze suspeitos presos por envolvimento no esquema de distribuição do entorpecente no Rio Grande do Sul.
O suposto fornecedor do grupo alvo da “Operação CabeçaS”, por exemplo, está preso desde janeiro, quando foi capturado em Santa Catarina.
As duas coordenadas pelo titular da 3ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Alencar Carraro.
Receptadores
Ao longo da investigação, a polícia descobriu também os receptadores da maconha na Região Metropolitana e, por meio de um artifício jurídico adotado na Lava-Jato, a chamada Teoria do Domínio do Fato, conseguiu enquadrar vários líderes de três facções em apenas um inquérito. Por isso, os agentes cumprem nesta terça-feira as ordens judicias em Porto Alegre,
Todos os investigados são considerados do primeiro escalão dos grupos criminosos, inclusive, alguns são apontados como os principais líderes das organizações. Dos 21 suspeitos investigados, 13 atuam nas ruas e oito estão no sistema prisional.
Outros três, considerados de maior periculosidade, estão em presídios federais fora do Rio Grande do Sul.
Antes da ação desta terça-feira, desde 2019, o Denarc contabiliza 440 quilos de drogas apreendidos e 11 prisões de suspeitos de envolvimento no plantio de maconha no Paraguai e distribuição no Estado.