A obra ao lado do Supermercado Oliveira, que desabou parcialmente na manhã desta quarta-feira, já havia sido multada pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Alvorada no dia 24 de Outubro.
Segundo o Fiscal Ambiental José Fontoura Coelho, o processo de terraplanagem no terreno havia começado sem qualquer licença ser expedida pelo órgão. “Biólogos deveriam ter analisado o solo antes que começassem os trabalhos no local, o que não aconteceu”, explica Coelho.
As licenças expedidas pela Secretaria de Planejamento Urbanístico e Habitação também não tinham sido liberadas e o órgão poderá embargar a obra nos próximos dias.
Já o laudo oficial sobre as causas do desabamento deverá estar pronto em 30 dias. Nesta tarde o fiscal do Instituto Geral de Perícia (IGP), Henrique Herrman, realizou a fiscalização no local e já entregou o prédio ao proprietário, que será responsável pela limpeza. “O prédio está bastante danificado e não descartamos o risco de novos desmoronamentos caso não haja o escouramento da estrutura”, explicou Herrman.
Construtora não tinha registro no Crea-RS
Logo após a fiscalização do IGP, foi a vez do do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RS) avaliar a obra que fica ao lado do Supermercado. No momento do desabamento, três funcionários da Construtora Bela Vista estavam perfurando o solo. O fiscal Eduardo Lima notificou a construtura por não possuir registro no órgão, o que a impedia de construir no local. A construtora terá dez dias para se adequar. “Após o prazo, caso a situação não esteja regularizada eles podem ser multados”, garante o fiscal.
Sidnei Grazel, responsável pela construtora, foi quem recebeu a notificação. Segundo ele, a situação está sendo regularizada. Ainda segundo Grazel, a obra está marcada para começar dia 20 de Novembro e no momento do acidente seus funcionários apenas perfuravam o solo para a instalação dos tapumes. “Não estávamos fazendo a parte estrutural ainda, porque para isto precisamos de maquinário específico”, explicou. Ele também informou que a construtora aguardava a autorização do Corpo de Bombeiros para começar os trabalhos.
Fonte: O Alvoradense