Acrise política e econômica no Brasil chegou a uma situação quase que insustentável. Obras públicas paradas, demissões em massa, diminuição do consumo, inflação, aumento de impostos, escândalos e mais escândalos de desvios de recursos em contratos superfaturados. Muito disso se dá pela falta de confiança e de controle que a sociedade tem em relação aos governantes, culminando em uma gestão incompetente e inconsequente de quem está no poder.
As manifestações do último dia 13/3 demonstraram isso. Enquanto no parque Moinhos de Vento mais de 100 mil pessoas, entre empresários, estudantes, funcionários públicos e privados, clamavam por mudança, pelo fim da corrupção, pelo impedimento da presidente Dilma, outros 5 mil militantes filiados aos partidos da base governista defendiam a manutenção do atual governo e do atual modelo de gestão.
Outro fato constatado nessas manifestações é a crise de lideranças que temos no Brasil e nos demais entes federados. Um ministro, ou um juiz federal ou até mesmo um policial federal fazem nada mais nada menos que sua obrigação legal, ou seja, processar, julgar e prender os corruptos de nosso país, e acaba se tornando celebridade. Cogita-se até ser futuro presidente da República. Assim como pelo outro lado, Lula renasce como alternativa no PT, pois há liderança capaz de disputar em iguais condições com a oposição anencefala do nosso país.
Por que isso ocorre?
Porque o PT até assumir o governo federal era considerado um partido isento, ilibado, honesto, “Joãozinho do passo certo”, e agora se vê engendrado cada vez mais com suas lideranças em esquemas de corrupção. Mesmo que petistas digam que “os outros partidos também roubaram”, o fato é que é o PT, partido do povo, das massas, que está envolvido em dois dos maiores casos de corrupção já visto no Brasil: Mensalão e Petrolão.
Sei que as entidades partidárias são ótimas, mas infelizmente tem em sua composição membros da pior espécie, que buscam o benefício próprio ao invés da coletividade.
Defendo que corrupto tem que estar na cadeia, independente do partido que esteja. Que seja processado, julgado e condenado. Que pague por tudo que desviou das políticas públicas de nosso país. Pois são milhares de pessoas que sofrem por esta ação nefasta destes políticos inescrupulosos.
Mas, não podemos ficar apenas apontando os erros dos outros e achar que não temos nada a ver com isso. Nós que compomos entidades representativas da sociedade temos a obrigação de tecer a crítica, mas também a solução para os problemas vividos me nossa sociedade. Temos, mais do que nunca, que ocupar espaços vazios e disputar a verdade dos fatos.
Não podemos nos omitir e deixar passar em branco essa crise política e econômica, porque senão, mais uma vez seremos nós os mesmos que sempre “pagarão o pato”. Temos que debater que tamanho de Estado precisamos, qual é realmente o papel do Estado, que atividade estatal é realmente estratégica para a sociedade, o que pode ser transferido para o mercado, que carga tributária é ideal para o desenvolvimento econômico e social do nosso país.
Este ano é ano eleitoral, vamos escolher prefeito e vereadores, cabe a nós escolher bem quem serão nossos representantes, se queremos acabar com a corrupção no país, se queremos um Estado eficiente, temos que começar por aqui a faxina, temos que eleger aqueles que realmente pensam e se preocupam com Alvorada e não pessoas preocupadas com seu umbigo ou com seu partido.
Que todos tenham consciência de seu voto e escolha da melhor forma possível quem vai fazer Alvorada ser uma cidade do futuro, um acidade em que seus munícipes tenham orgulho de dizer: “Eu sou de Alvorada!”
*: presidente da Associação Comercial e Industrial de Alvorada (Acial)