Hoje vou utilizar este espaço, que muito me honra, para contar uma história folclórica do futebol do interior do estado.

Uma singela homenagem ao começo do Campeonato Gaúcho, que entre muitas de suas peripécias, uma é a revelação não de novos atletas, mas de figuras folclóricas que marcam e marcaram a história deste querido campeonato.

Sotili’s, Brito’s, Paulo’s Gaucho’s são mitos do interior. Em todas as cidades que passamos, escutamos histórias hilárias destes grandes jogadores e que deixam saudades, não só dentro de campo, como também nas velhas “resenhas” dos boleiros.

Certa feita, em um clube do Interior, daqueles estádios folclóricos e de campos embarrados, havia um centroavante matador. Conhecido pelas suas grandes jogadas e gols antológicos, o atleta em questão também ficou historicamente conhecido por suas gafes.

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O Camisa 9 deste clube, que adorava tomar uma cervejinha em suas horas de folga, era campeão dentro e fora de campo. Após uma partida de seu time, o atleta, Marcos, foi para uma danceteria e por horas ficou bebendo, de papo com amigos e torcedores que lá encontravam-se.

Em certo momento, o goleador do Gaúcho daquele ano percebeu que já havias estendido de mais em sua balada. Pediu ao garçom que chamasse um táxi, para que pudesse ir para sua residência.

taxi-motorista-transportePassados 20 minutos o táxi chegou, o atleta pagou sua conta e foi para o carro. Adentrou ao veiculo, cumprimentou o motorista, que “pra já” o reconheceu. “Boa noite seu “Marcos, é uma honra ter o senhor no meu táxi. Posso pegar um autografo (não haviam selfies ainda)”?

Prontamente atendido, o taxista pediu para que o jogador passasse o endereço onde era a corrida.

Anotado o endereço a viajem começou, com um bate papo bem agradável. Andaram em torno de 10 minutos.

Ao se aproximar do destino, o atleta pôs a mão no bolso e percebeu que não tinha muito dinheiro, mas a viajem continuou por mais duas quadras. Quando o taxista chegou no destino combinado, o atleta perguntou:

” Meu rapaz! Quanto deu esta corrida?”

O taxista então, olhou o taxímetro e respondeu:

“Meu ídolo, o valor da corrida deu R$ 8,00.”

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O então ídolo daquele motorista e daquela cidade arregalou os olhos, lembrou que havia no seu bolso apenas R$ 5,00 e disparou umas das frases mais famosas e folclóricas do futebol gaúcho:

“Mas bah, tchê, tem como tu dar uma ré de R$ 3,00? Pois eu só tenho 5 pila…”

Em épocas de reais, o Marcos Milhão!