Ao mesmo tempo em que algo tão falado nesse mês, e que se estende ao próximo, as festas juninas esbarram em várias questões, desde a função real da celebração, e o porquê da comemoração, e por fim relembro que isso faz sim parte da minha cultura.

Alguns teóricos podem questionar a real cultura da festa junina, o seu surgimento, o fato de ter origem da homenagem aos santos católicos e é muito mais forte e tipicamente comemorada no nordeste, faz com que muitos questionem as comemorações.

O meu contraponto está na pergunta: quem disse que a festa junina não faz parte da minha cultura? Bom, alguns talvez não, porém para mim faz parte. Ainda lembro-me da rua sendo fechada, onde os vizinhos trazendo pratos com doces, bolos, salgados, pipoca (sempre), e eu criança correndo, comendo, brincando e admirada com a fogueira, e em festas assim que marcaram por muito tempo a minha infância, o que somente confirma: a festa junina faz parte da minha cultura. Sendo católica ou não, sendo caipira ou não, esse evento faz parte da minha vida e da minha construção.

Parte da festa é feita com as quadrilhas, casamento na roça, brincadeiras, a extinta fogueira, as bancas, a música, temos a comida. Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte é feita deste alimento, o que dizer da pamonha, milho cozido, canjica, pipoca, bolo de milho, mas também podemos encontrar o arroz doce, amendoim, pinhão, rapadura, broa, cocada, quentão e muito mais.

Porém não poderia de fazer minha critica na parte da comercialização, e isso não é somente na festa junina, mas ao mesmo tempo de monetizar é preciso, muito se perdeu da simplicidade, do encontro entre as pessoas e do momento de confraternização nas comunidades, porém ignorar a cultura das festas de junho não faz parte.

E NESTE SÁBADO O PONTO VAI CURTIR O ARRAIAL!