Dizem que para escolher a profissão de goleiro, temos que ter um pouco de loucura.
E o que dizer quando se escolhe ser árbitro de futebol?

Qual menino ou menina, quando criança, na hora da pelada, levantava a mão e gritava:
“Eu sou o árbitro!”

Eu não conheço ninguém assim.

Se não bastasse ser árbitro, se escolhe ser árbitro de futebol de várzea ainda por cima.
Isso é sinal de heroísmo ou loucura generalizada mesmo?

Domingo ensolarado, família reunida, filhos correndo, esposa(o) preparando o almoço e se deixa tudo isso para trás.

Pega-se um ônibus lotado, atravessa-se a cidade, chega-se a um campinho do bairro mais perigoso, mal marcado, sem vestiários apropriados, e com torcedores no “cangote”, sem seguranças – até mesmo a polícia têm receio a ir.

Se não bastasse isso tudo, ainda por cima existem os xingamentos, os esbarrões e as ameaças.

Por vezes, o risco que se corre torna-se realidade. E aí vem as agressões, corriqueiras em torneios desse porte e que, infelizmente, são cotidianamente noticiadas pelos meios de comunicação.

As agressões são tão covardes que parecem até que o árbitro foi o centroavante, autor do gol da derrota do time dos seus agressores.
Uma lástimas a realidade da intolerância de hoje.

Mas esses loucos ou heróis têm seu charme.

É lindo ver a entrada no palco: é o primeiro a adentrar o gramado. Na mesma hora em que pisa nas quatro linhas os “elogios” são ouvidos das arquibancadas.

Que profissão linda!

A profissionalização desta classe passou do tempo – se tornou tardia já. Necessitamos reconhecer e louvar esses heróis ou loucos, pois a cada dia que passa cresce ainda mais o espaço para atuação honrada destes grandes trabalhadores.

Seguindo na linha do crescimento da profissão dos árbitros, ou melhor:

Árbitras!

Há as árbitras (suspiros)….
Essas são lindas, são charmosas, seus cabelos esvoaçados com o vento, suas corridas leves, como se estivessem vestindo Prada e um bom salto alto Channel, num desses grandes eventos de moda mundial.

As árbitras chegaram no futebol para nos remeter ao mais alto nível de beleza, charme e glamour do esporte, que acabou se perdendo um pouco com os tempos modernos.

E sua competência?
Essa não fica em segundo plano.

Além de belas, são competentes, dedicadas e altamente profissionais em suas jornadas de trabalho.
Por mais jogos com árbitras, por mais árbitras com jogos.

Finalizo minha coluna desta semana parabenizando essas lindas mulheres, estas espetaculares profissionais e belas árbitras.

Mas, além disso, parabenizo as MULHERES ÁRBITRAS e MÃES!