Aumento da taxa Selic estimula investimentos, mas poupança perde ainda mais

Mesmo quem não entende muito de finanças ou investimentos pode se beneficiar com o aumento da taxa básica de juros, a Selic. O aumento de 10% para 10,5% anunciado pelo Banco Central (BC) ontem (15) aumenta os rendimentos de títulos do governo ou de empresas.

A compra do título se caracteriza como um empréstimo, com juros, que você faz ao governo ou a uma instituição privada com um rendimento ou forma de cálculo já definidos ao final de um prazo.

A pessoa se torna credora do Estado ou de um banco, por exemplo, e alguns ganhos são definidos pela taxa Selic onde o lucro do credor é referente à taxa básica no momento da compra do título. Por isso este aumento para 10,5% vai beneficiar mesmo os investidores mais inexperientes.

Existem títulos pré-fixos, como o LFT (Letras Financeiras do Tesouro), no qual o lucro é referente ao valor da taxa básica no momento da compra do título. Já os pós-fixos têm o lucro calculado pela Selic no momento de receber o dinheiro.

Para os especialistas, é mais interessante comprar títulos pós-fixos esperando mais um aumento da taxa nos próximos meses. No pré-fixo existe o risco da ganhar menos caso a Selic suba em relação à taxa fixada no momento da compra.

Segundo o BC, o aumento da taxa se deu pela pressão estabelecida pelo aumento da inflação,  tanto do mercado como do próprio governo. Com esse aumento, o Brasil inicia 2014 no mesmo patamar de 2013 quando a taxa Selic também ficou estabelecida em 10,5%.

A expectativa é que ao longo de 2014 a taxa continue subindo. Segundo projeções feitas por economistas a taxa pode encerrar 2014 com 10,75%. O aumento da taxa básica de juros conteria o aumento de preços, mas em contrapartida a impossibilidade de remarcação pode causar demissões.

Poupança
Com o aumento da taxa a poupança aplicar na poupança ficou ainda menos vantajoso.  Aplicar nas letras ou títulos do governo se torna mais atrativo. Isso porque, a poupança não aumenta seus rendimentos depois que a Selic atinge seus 8,5%.

Mesmo com o desconto do Imposto de Renda, atribuída aos títulos o aumento da taxa atrelada a este tipo de investimento fica tão superior à caderneta que compensa a tributação mesmo em prazos menores quando as alíquotas do IR são maiores.

Fonte: O Alvoradense