Foi a julgamento nesta quinta-feira (08) o homem acusado de ter assassinado Ana Paula Moura da Silva, 33 anos, com golpes de faca em março. O ex-companheiro da vítima Richard Eduardo de Souza, 28 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 19 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado. Os familiares da vítima acompanharam o júri no Fórum de Alvorada, vestindo camisetas com a estampa do rosto de Ana Paula.
Ana Paula foi assassinada com golpes de faca em um matagal no bairro Maria Regina. O réu também respondeu por ocultação de cadáver, dissimulação e pela condição de mulher da vítima.
Richard foi preso preventivamente em 12 de março, quando confessou o crime à Polícia Civil. Eles tiveram um relacionamento de nove anos e estavam separados há alguns meses quando o crime aconteceu. Em depoimento, ele relatou que a vítima se encontrou com ele para receber a pensão dos dois filhos, de dois e oito anos, quando teria iniciado uma briga que resultou no crime.
Para o promotor do Ministério Público (MP), Marcelo Tubino Vieira, a pena ficou dentro do esperado pela acusação e pela família.
A defesa de Richard foi realizada pela Defensoria Pública do Estado, através do defensor Gabriel Luiz Pinto Seifriz, que se manifestou em nota afirmando que “respeita a decisão do júri e irá recorrer nos autos do processo, no que julgar necessário com relação a este caso”.
Homicida condenado
E na terça-feira (06), aconteceu outro julgamento em Alvorada, em que o acusado de um homicídio ocorrido em 02 de maio de 2020 foi condenado a 19 anos de reclusão.
Naquela noite, em um bar localizado na rua 18 de julho, bairro Maria Regina, o réu Cláudio Adriano Souza, acompanhado por um adolescente que ficou do lado de fora como vigia, matou Flávio Macho com disparos de arma de fogo na cabeça.
O motivo do crime seria disputa de ponto de tráfico de drogas, pois Flávio pertencia à facção “anti-bala” e Cláudio à facção “bala na cara”. Como a vítima estava desarmada, a acusação salientou que “o crime foi praticado mediante recurso que dificultou e impossibilitou a defesa do ofendido”, que foi pego de surpresa. Ele foi acusado, ainda, pelo crime de corrupção de menores.
Acolhendo a tese do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça Marcelo Tubino Vieira, Cláudio Adriano Souza foi condenado pelo Conselho de Sentença de Alvorada, formado por sete cidadãos alvoradenses. O Juiz Presidente Marcos Henrique Reichelt aplicou, então, a pena de 19 anos, a ser cumprida em regime fechado.