Nesta semana concluiremos a nossa tríade de doenças cardiovasculares. Nas apresentações anteriores, conhecemos um pouco mais sobre hipertensão arterial e o infarto agudo do miocárdio. Hoje vamos encerrar falando de umas das doenças que se destacam pelo o seu prognóstico e os danos, muitas vezes, irreparáveis para o organismo.
O acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando há um “entupimento” (acidente vascular isquêmico) ou o “rompimento” dos vasos (acidente vascular hemorrágico). Esse subtipo de AVC é o mais grave e tem altos índices de mortalidade. Ainda existem os chamados ataques isquêmicos transitórios que, como o próprio nome indica, correspondem a obstruções temporárias do sangue em uma determinada área do cérebro. Geralmente originada do acúmulo de plaquetas agregadas em placas nas paredes dos vasos ou formação de coágulos no coração.
Seja qual for o tipo do acidente, as consequências poderão causar muitos danos. Além de estar entre as principais causas de morte mundial, o AVC é uma das patologias que mais incapacitam para a realização das atividades cotidianas. A pessoa pode sofrer diversas complicações, como alterações comportamentais e cognitivas, dificuldades na fala, dificuldade para se alimentar, constipação intestinal, crises convulsivas, depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e pelo acometimento muscular. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido, entre o início do AVC, e o recebimento do tratamento necessário.
Alguns sintomas são comuns aos acidentes vasculares como a dor de cabeça muito forte, de instalação súbita, que pode ser acompanhada de vômitos. Fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo. Pode acontecer também dificuldade ou incapacidade de movimentação, perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz, perda da visão ou dificuldade para enxergar são algumas destas manifestações.
O AVC é uma emergência médica. Se achar que você ou outra pessoa está tendo um, é preciso dirigir-se com urgência ao serviço de emergência do hospital mais próximo, ou solicitar o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU).
Assim como todas as doenças cardiovasculares, muitos são os fatores de risco que contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Já outros, entretanto, já foram lembrados diversas vezes e podem ser diagnosticados e tratados. A hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, falta de atividades físicas e obesidade lideram a lista de riscos. Contudo, percebemos que o reconhecimento de sinais e sintomas, associados à mudança de hábitos de vida, são primordiais para combater estas doenças. Cuide-se!
Fonte: Academia Brasileira de Neurologia (ABN)