Dezenove de outubro de 2013 é um marco para todos os amantes da poesia e da música essencialmente brasileira. Em 19 de outubro de 1913 nascia o homem que levaria o nome do Brasil para todos os cantos do mundo através de canções inesquecíveis como “Tristeza”, “Eu sei que vou te amar” e “Chega de saudade”.
Seja em um trecho de musica que já ouvimos ou com aquele poema que lemos na escola Vinicius de Moraes faz parte da história e cultura dos brasileiros e do mundo.
Autor de uma das músicas mais reproduzidas do planeta a parceria com Tom Jobim garantiu inúmeras versões, em diversas línguas e milhares de reproduções em rádios do mundo todo. “Garota de Ipanema” marca o início da Bossa Nova, no final dos anos 1960.
Caracterizada por interpretações vocais intimistas, batida suave no violão e letras que retratam o cotidiano, a boemia, o amor e as mulheres, a obra musical de Vinicius de Moraes soma mais de 300 títulos e teve parcerias com artistas como Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime, Carlos Lyra e Chico Buarque – e segue como inspiração para vários outros até os dias de hoje.
Moraes ajudou a disseminar a cultura brasileira enquanto, como diplomata, serviu ao Itamaraty em cidades como Los Angeles, Montevidéu e Paris. Sua grande paixão – as mulheres – também o guiou, e não só como inspiração na arte. Vinicius teve nove esposas, e por causa de uma delas morou durante quatro anos em Salvador, Bahia. A beleza da capital soteropolitana aparece em sua música, assim como as letras leves e lúdicas dedicadas às crianças nos álbuns A Arca de Noé 1 e 2.
Em sua obra as mulheres e crianças sempre tiveram lugares garantidos na obra do”poetinha”, como era conhecido Moraes. Os poemas infantis da Arca de Noé serão relançados, este ano, para comemorar o centenário de Moraes e trazem, interpretando as canções artistas como Péricles, Mart’nália e Adriana Calcanhoto.
Entre os poemas os sonetos da Fidelidade e Separação figuram na lista dos mais lembrados pelos fãs do jornalista, compositor, poeta e diplomata que tornou o Brasil conhecido pela sua arte e sensibilidade.
Assista Moraes declamando o Soneto da Fidelidade:
Fonte: O Alvoradense